Favela apoia em peso a quarentena, apesar das dificuldades

Samuel Gomes, de pé no centro, e a equipe da agência - Foto Divulgação

Agência publicitária pequena e voltada para a faixa do mercado desprezada pelos gigantes do consumo, a Responsa acaba de divulgar os resultados obtidos na pesquisa que promoveu junto a 525 moradores de favelas e periferias de várias partes do país sobre os impactos da pandemia em suas vidas.

Nada menos de 96% dos entrevistados defendem o isolamento social para conter a contaminação e 90% acham que o governo não promove ações eficazes para ajudar os mais pobres. A pesquisa foi feita entre 25 e 28 de março com cidadãos das classes C, D e E, 40% deles em São Paulo.

O chefe de criação da agência, Samuel Gomes, vive na Vila Guarani, zona Sul de São Paulo, e diz que a preocupação se explica pela vida em comunidades de renda mais baixa: “Todo mundo vive muito junto na periferia – avós, pais, filhos e tios. E sabemos, por enfrentarmos a realidade do SUS e do transporte público, que a transmissão da doença vai afetar principalmente a gente.”