A Favela Marcílio Dias, mais conhecida como Favela da Kelson’s, foi fundada na antiga Praia das Moreninhas, entre os terrenos da Casa do Marinheiro e da fábrica de plásticos Kelson’s. A partir de 1948, oito famílias de pescadores ali ergueram palafitas. O seu nome é uma homenagem ao marinheiro da Armada Imperial Brasileira, Marcílio Dias.
Em 1982, a favela da Kelson’s recebeu uma visitante ilustre: Madre Teresa de Calcutá. A partir da visita da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979 e a insistência da Pastoral de Favelas, a Favela da Kelson’s teve direito ao território.
Em 1994, a Favela da Kelson’s foi incorporada ao bairro Maré por uma lei da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. A favela da Kelson’s cresceu com a construção de um conjunto habitacional, na época do Projeto Rio. É a comunidade mais distante do restante da Maré, pois é dividida pela área militar da Marinha.
Atualmente conta com uma população estimada de 15.000 pessoas e um comércio de pequeno porte.
Curiosidade: A tradicional Avenida Lobo Júnior (foto acima) é considerada uma das colunas da Penha. Responsável pela ligação com a Avenida Brasil, espinha dorsal do Rio, foi também um marco da urbanização do bairro, antes agrário e que virou um pólo industrial na década de 1970. O que poucos sabem é que ela começa dentro da Maré! Tem início em frente ao Cais da Kelson’s.