A guerra sempre tem o mesmo pai, mãe e motivações
O que está acontecendo em Israel é um conflito que começou há mais de 4.000 anos atrás entre duas mulheres: Sara, mulher de Abraão, incapaz de ter filhos, e Hagar, que era sua concubina.
Sara, mulher de Abraão, incapaz de conceber filhos, pediu à sua escrava Hagar que se deitasse com seu marido Abraão e se tornasse sua concubina. Como resultado, Hagar deu à luz um filho chamado Ismael.
Após algum tempo, Sara, já idosa, surpreendentemente deu à luz a um filho, Isaac. Esse acontecimento marcou o início do conflito entre Sara e Hagar, sendo Sara, mãe dos judeus – dos israelenses, como são chamados depois que voltaram para sua terra natal.
Esse conflito enraizado na antiguidade envolve os árabes, pois Ismael é considerado o ancestral de todos os povos árabes. O que isso tem a ver com os conflitos que a ANF retrata?
Pode projetar algum tipo de paz ou solução? A resposta está no fato de que as guerras, sejam elas grandes e internacionais, ou menores e localizadas, como as que ocorrem em favelas e diversas comunidades, são frutos da cobiça.
Não importa se o que está por trás são questões sociais, econômicas ou políticas, é a cobiça que é a mãe de todas as guerras. São pessoas tomadas por vontades, desejos e ambições particulares que fazem os conflitos se estabelecerem. Eles lutam por um lugar no mundo que lhes assegure domínio, dinheiro e poder.
Enquanto isso, tanto em Israel quanto na sua comunidade, a grande maioria não está querendo saber de guerra, nem de embate. Tanto em Israel, entre judeus e palestinos, quanto na sua comunidade, em conflitos entre tráfico e milicianos.
Com um agravante que algumas invasões policiais frequentemente trabalham para o lado que lhes convém, de acordo com cada negociação.
Em Israel é assim também, os interventores de fora do país, como os Estados Unidos, organizações como a ONU ou a Liga Árabe, só agravam os conflitos. Como aconteceu recentemente, com o fornecimento de armas pelo Irã ao grupo terrorista Hamas, em Gaza, através do Hezbollah, no Líbano.
Em resumo, os agentes externos muitas vezes contribuem para a escalada desses conflitos, complicando ainda mais o mapa e a arquitetura das guerras. O que está acontecendo no Oriente Médio não é tão diferente do que está acontecendo fora da sua casa.
Caio Fábio, pastor, escritor e um dos maiores pregadores do Evangelho no Brasil,
publica o contéudo deste texto, originalmente, no jornal A Voz da Favela,
produzido pelo grupo ANF.
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