Eleito prefeito para o mandato 2017-2020, Bernardo Rossi recebeu no primeiro mês de seu governo, das mãos do Diretor Regional da Secretaria de Educação do Estado, as chaves do CIEP Santos Dumont, conforme noticiado à época na página da Prefeitura de Petrópolis. Um processo de municipalização promovido por um governo estadual sob decreto de estado de calamidade pública financeira. Lembremos Pezão e Dornelles se revezando em uma gestão.

Ao receber as chaves do equipamento, o então prefeito atestou que “com capacidade para receber 500 alunos nos dois turnos, o CIEP Santos Dumont tem 18 salas de aulas, 500 carteiras novas, cozinha industrial, consultório, ambulatório e gabinete de dentista.”

Podemos acrescentar a biblioteca e a quadra poliesportiva coberta. Por onde andam esses equipamentos? O que ocorreu desde 2017 com o CIEP Santos Dumont? Permaneceu fechado com a justificativa de que “um estudo será realizado em breve para ver qual o melhor destino” para o equipamento: se seria aproveitado como uma creche, ou como uma escola municipal de educação fundamental.

Permaneceu fechado. Fecharam a escola pelos 4 anos de mandato de Bernardo Rossi e por mais um ano subtraído do vencedor nas urnas em 2020. Em entrevista em 08 de novembro ao Giro Serra, reaparece Bernardo Rossi – sim, ele mesmo – em campanha para a sua candidatura à Prefeitura de Petrópolis em 2024, prometendo que o governo desastroso de Cláudio Castro vai revitalizar o CIEP Santos Dumont “para atender à demanda da comunidade”.

Se isso não for um projeto eleitoreiro, não sabemos mais o que é. E promete mais: transformar a unidade em um modelo de educação bilíngue português-alemão (matéria disponível na íntegra no site Portalgiro.com). Sobre a promessa do ensino bilíngue cabe questionar se serão garantidos aos alunos do ensino médio as línguas inglesa e espanhola, em cumprimento da legislação estadual e federal, e para o preparo dos estudantes ao ENEM. Nesse caso, o alemão seria introduzido como uma terceira língua estrangeira? Será?

A dupla Cláudio Castro-Bernardo Rossi parece apostar que o povo tem memória curta.

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