Após noventa dias do meu retorno ao Brasil, participei do Ato Público 1 Milhão pela Educação, que começou pacificamente na Candelária e terminou com a repressão violenta da Polícia Militar na Cinelândia.
Foi ótimo voltar aos velhos tempos de guerrilha urbana e rever companheiros na luta por um país de e para todos. Todo meu apoio aos que estão no fronte de luta enfrentando a covardia de uma política e de uma polícia covardes e fascistas. Nós precisamos resistir porque temos nas mãos a arma que eles mais temiam: a informação produzida ao vivo e sem cortes. E o melhor de tudo e que náo há script nem um roteiro predeterminado. E para completar a revolução dos oprimidos, as imagens podem ser transmitidas via mídia social em segundos. Por isso a elite brasileira está apavorada e atordoada feito barata tonta.
Não há possibilidade de transformarmos nosso país com esta mídia manipuladora e com estes governos corruptos. Se não fizermos o óbvio que é enfrentá-los com ideias novas não venceremos esta luta porque além do fato de que eles têm as armas da repressão, ainda detém o poder de compra da consciência do povo oprimido nos guetos chamados favelas.
Por isso temos que usar o grande advento da internet e todos seus aplicativos e fazer cessar os cassetetes e o gáses lacrimogêneos. Para tanto existe alguns caminhos possiveis – para que não sejamos levados a criminilização de todo movimento social, por mais legitímo que eles sejam — e um deles será o de juntarmos os ideias dos Black Blocs, da Mídia Ninja, com a experiência dos formadores de opinião da esquerda independente e agregarmos o pessoal que está na ponta dessa nova ferramenta, como por exemplo os profissionais de TI (tecnologia da infomação), tendo em vista que “a TI é reconhecida como fator crítico de capacitação, principalmente através das telecomunicações, que permite eliminar barreiras impostas por local e tempo às atividades de coordenação, serviço e colaboração”.(KEEN, 1996, p. XLIX).
Se não fizermos funcionar esse RETIRO (Rede de Tecnologia da Informação da Oposição), não vejo caminho para enfraquecermos os coronéis e seus asseclas que estão encastelados no poder há séculos. Por isso temos que investir neste conceito de informação que “no nível estratégico, quando uma ação é suscetível de aumentar a coerência entre a organização e o meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de eficácia em termos de cumprimento da missão organizacional” (fonte Wikipédia)
Sendo assim poderemos avançar e muito nessa luta por um país sem corrupção, sem coronelismo e com justiça social.
O desafio está lançado e, se me acharem útil para colaborar, eis aqui um guerrilheiro urbano que teve que se exilar por duas décadas, mas que não perdeu nem o senso crítico e nem a garra de lutar por esse país.