Objetivando buscar a valorização da cultura afro brasileira e mostrar sua importância para as novas gerações será realizado dias 4, 5 e 7 de abril o Festival Afro Jequié na Colégio Quilombola Dr. Milton Santos. Nesta sexta, 4, vão ser realizadas oficinas artísticas que serão ministradas por Palmeiron Andrade (Teatro), Eduardo Santos (Cartum), Adriane Melo (Poesia), Rubia Freitas (Contação de Histórias), Roque Geambastiani (Desenho) e Augusto Barreto (Pintura) destinadas aos alunos do colégio quilombola.

Já no sábado, dia 5, uma vasta programação acadêmica e cultural será realizada pelo Festival Afro Jequié: O escritor e professor do Instituto de Letras da UFBA, Henrique Freitas (foto) falará sobre Literatura-Terreiro; a cantora Tânia Valverde entoará canções de Clara Nunes; o professor e pesquisador Adielson Filho dissertará sobre a língua yourubá na literatura de Jorge Amado; o professor da Universidade Federal de Ouro Preto e babalorixá, Erisvaldo Pereira dos Santos vai abordar o tema Racismo Religioso; Jô Bahia vai cantar músicas do Olodum e terá ainda lançamento dos livros “O encontro do menino Jesus com a tradição dos orixás”, de Erisvaldo Pereira dos Santos e “Antônio Burokô”, de Domingos Ailton e apresentações de samba de roda e capoeira.

Dia 7 de abril uma mesa redonda reunirá os professores e pesquisadores Geronson Barbosa, Ana Angélica e Adriana Sampaio, que falarão sobre o Quilombo Urbano do Barro Preto, local em Jequié onde está instalado o Colégio Dr. Milton Santos. Haverá ainda apresentação de samba de viola com o Afoxé Filhos de Pena Branca.

Durante o Festival Afro Jequié terá uma exposição de fotografias de negros e negras, que atuam em várias áreas em Jequié e exibição 1798 – A Revolta dos Búzios, Besouro e o Candomblé na cidade de Jequié.

Maiores informações na página do Instagram do projeto: @festivalafrojequie

O projeto do festival conta com apoio financeiro da Política Nacional Aldir Blanc – PNAB através do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Jequié, tendo como proponente a yalorixá, professora e baiana de acarajé, Jocélia Santos Vaz, Mãe Célia.

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Valdeck Almeida de Jesus
Valdeck Almeida de Jesus é jornalista definido após várias tentativas em outros cursos, atua como free lancer, reconhecendo-se como tal há bastante tempo. Natural de Jequié-BA (1966), e escreve poesia desde os 12, sendo este o encontro com o mundo sem regras. Sua escrita tem como temática principal a denúncia: política, de gênero, de raça, de condição social, de preconceitos diversos: machismo, homofobia, racismo, misoginia. Coordena o movimento “Galinha pulando”, o qual pode ser visto no blog, no site e nas publicações impressas. Este movimento promove anualmente um concurso literário, aberto a escritores(as) do Brasil e do exterior. A poesia lhe trouxe o encantamento, mundos paralelos, as trocas, a autocrítica, a projeção de si e de outro(s), maior consciência de classe e de coletivo. Espera que as sementes plantadas se tornem árvores, florescendo e frutificando em solos assaz diversos. Possui 23 livros autorais e participa de 152 antologias. Tem textos publicados em espanhol, italiano, inglês, alemão, holandês e francês. Participa de vários coletivos da periferia de várias cidades, bem como de algumas academias culturais e literárias.