Festival Preta Cei abre a tela para mulheres negras de Ceilândia

Festival das mulheres negras periféricas de Ceilândia, satélite com maior população de mulheres negras do DF - Divulgação

Em comemoração do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, Ceilândia, uma das cidades satélites mais populosas de Brasília vai ganhar um festival especialmente para a data. Idealizado pelas rappers Prethaís e NegraEve, o “Festival Preta Cei”, será totalmente online pelas redes sociais do evento. A programação inclui debates e apresentações artísticas com personalidades negras da periferia.

A partir da ideia das duas rappers de Ceilândia se juntaram Ester Cruz, Jéssica Alves e Joanna Alves para ajudar na organização e produção do festival. “A ideia surgiu como um meio de fazer um festival que pensasse a partir da ótica de uma mulher preta das periferias aqui do Distrito Federal, então pensamos em um projeto pensado, criado e realizado por e para mulheres negras de Ceilândia”, disse Joanna Alves.

As mesas de debate serão apresentadas entre os dias 21 e 24 de julho com temas como: Representatividade e Referências; Produções Artísticas de Mulheres Negras; Disputa nos Espaços de Poder e Axé e Ancestralidade. No dia 25 de julho, data de celebração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, o festival dará espaço para as apresentações artísticas, são elas: Prethaís, NegraEve, Pietra Sousa, Ayoolah Akilah, Júlia Nara, DJ Juh, Sarah Benedita, Batida do Contorno e Talíz. No último dia de festival, 26 de julho, será feita uma ação social com distribuição de marmitas por Ceilândia.

Além das personalidades, aqui já citadas, marcarão presença no evento Cris de Souza, do grupo Donas da Rima e produtora audiovisual; Jackeline Silva, produtora cultural e gestora de projetos; Realeza, rapper e estudante de Direito; Dyarley Viana, assessora técnica do Inesc; Mãe Baiana de Oyá, sacerdotisa do Ilê Axé Oyá Bagan; Suellen Saboia, mestranda de capoeira; Joceline Gomes, jornalista, professora de dança afro e coreógrafa; Danielle Sanchez Mutaledi, assistente social; Maria Paula Andrade, jornalista e mestre de cerimônias; Ana Luiza Guimarães, estudante de Filosofia na UnB; Kinah Monifa Nyabinghi, terapeuta holística corporal afrakana e instrutora de Kemetic Yoga. Além de integrantes da Frente de Mulheres Negras, Coletiva Pretinhas, Pretas Candangas, Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas (ANJF) e do Coletivo Mães de Quebrada.

Vaquinha Preta Cei

Com o objetivo de ajudar as famílias de Ceilândia a passar por esse momento difícil o Festival Preta Cei, lançou uma vaquinha online com o objetivo de arrecadar recursos para famílias de artistas e personalidades pretas em situação de vulnerabilidade social. Todos os valores serão convertidos em cestas básicas e itens de higiene. Acompanhe as redes sociais do Festival Preta Cei:

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