Assinado pela Fiocruz na última sexta-feira, 31, o termo de produção da vacina do novo coronavírus no Brasil indica a fabricação pelo Instituto Tecnológico de Vacinas (Bio-Manguinhos) a partir de dezembro. A vacina é a do acordo entre Fiocruz, Ministério da Saúde e o laboratório britânico AstraZeneca que tem atuação conjunta com a Universidade de Oxford. Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, o repasse da tecnologia do laboratório britânico para a Bio-Manguinhos é um passo fundamental para o salvamento de vidas e pode garantir a soberania nacional na produção da vacina.
Como informado aqui, a Fiocruz necessitaria de algo em torno de R$ 2 bilhões para começar a produção da vacina. De acordo com o Ministério da Saúde é previsto o repasse de R$ 522,1 milhões para processamento da vacina. Outros R$ 95,6 milhões também serão repassados para adaptações necessárias às áreas produtivas e de controle de qualidade do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Além disso a encomenda tecnológica é referente a R$ 1,3 bilhão, com ela será possível receber o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e a transferência de tecnologia.
A vacina está na terceira fase de testes no Brasil, tendo 2 mil voluntários em São Paulo, 1.500 no Rio de Janeiro e 1.500 em Salvador. No último sábado, 1º, Nísia afirmou em entrevista acreditar na eficácia da vacina. “Em uma escala de 0 a 10, dou 9,5 para a eficácia da vacina. Agora, a vacina tem que ser combinada a outras estratégias de saúde pública. É muito importante dizer isso. Há que continuar a pesquisa, há que ter uma boa estratégia de imunização e pra isso nós temos um Programa Nacional de Imunização”, completou.