Fiocruz defende lockdown no estado do Rio com ajuda aos mais vulneráveis

Fiocruz defende lockdown no estado do Rio e atenção especial aos mais vulneráveis - Foto da internet

A Fundação Oswaldo Cruz encaminhou, na manhã desta quarta-feira, 6, relatório ao Ministério Público do Rio de Janeiro em resposta à solicitação feita no domingo passado. Com base em análises técnico-científicas e como parte de seu compromisso com a vida, com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a saúde da população, a Fiocruz considera urgente a adoção de medidas rígidas de distanciamento social e de ações de lockdown no estado do Rio de Janeiro, em particular na região metropolitana da capital, visando à redução do ritmo de crescimento de casos e à preparação do sistema de saúde para o atendimento adequado e com qualidade às pessoas acometidas com as formas graves da Covid-19.

Os especialistas da fundação projetam que, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas de distanciamento social no estado, haverá um agravamento da situação epidemiológica e de insuficiência de leitos já neste mês, que pode se prolongar e levar a um número expressivo de mortes que poderiam ser evitadas.

Segundo o relatório, as medidas de lockdown devem ser adequadas às realidades epidemiológicas e aos sistemas de saúde das diferentes das cidades sem que, no entanto, sejam implantadas de forma isolada. Elas devem considerar não somente o número registrado de casos e óbitos, mas principalmente a tendência da epidemia em cada região do estado, a disponibilidade de leitos e equipamentos, a adequação do quadro de profissionais de saúde, bem como a adesão dos cidadãos e dos estabelecimentos comerciais e industriais a estas medidas.

O relatório considera ainda a importância de intensa articulação das diferentes esferas de governo para a implantação das medidas rígidas de isolamento e da adoção de medidas de apoio econômico e social às populações vulneráveis, particularmente as que dependem de trabalho informal ou precário, bem como suporte a pequenas empresas que geram empregos e podem sofrer grande impacto da pandemia.

Leia o documento na íntegra.