A Fundação Oswaldo Cruz precisa de R$ 2 bilhões para começar em dezembro a produção da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em conjunto com a indústria farmacêutica. A Comissão Externa da Câmara formada em Brasília para acompanhar o combate à pandemia vai propor ao Executivo uma medida provisória garantindo os recursos.
A informação foi dada pelos deputados durante visita ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, o Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 28. Os recursos serão empregados na transferência de tecnologia e na entrega de 100 milhões de doses, que devem ser produzidas até o primeiro trimestre de 2021.
Na visita, os quinze deputados da comissão foram ao Centro Henrique Penna (CHP), que produz insumos para diagnósticos e remédios para doenças degenerativas como a artrite reumatoide. Também conheceram o Departamento de Processamento Final (DEPFI), setor onde as vacinas são transferidas para os frascos e onde acontecem a rotulagem e a embalagem, além da Central Analítica da Fiocruz, que será inaugurada no início de agosto.
De acordo com o coordenador da Comissão Externa, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Júnior (PP-RJ), a Fiocruz já está negociando a liberação dos recursos para a produção da vacina contra o novo coronavírus junto aos ministérios da Saúde e da Economia. No final da visita ao Bio-Manguinhos, ele falou da importância do SUS para que a vacina chegue a toda a população:
“Nosso Sistema Único de Saúde, que tem a Fiocruz e tem capilaridade, vai conseguir entregar à população brasileira uma vacina de qualidade, provavelmente antes do que a maioria dos países do mundo”.