Flerte com Arte
Crédito: Divulgação

Entre os dias 03 e 06 de novembro, acontecem as oficinas Flerte com Arte – Residências Artísticas. O projeto é online e gratuito para todo o Brasil, e as inscrições encerram na próxima quarta-feira, dia 03 de novembro. Para garantir a sua vaga, clique aqui e faça sua inscrição.

As oficinas têm como objetivo valorizar a produção de jovens artistas. Foram selecionados quatro jovens artistas visuais periféricos, mulheres, negros, indígenas ou LGBTQIA+.

Os artistas passaram por acompanhamento artístico e curatorial e vão ministrar suas oficinas voltadas à temática de suas propostas.

Flerte com Arte: saiba mais

Os artistas Mapô, Iah Bahia, Baraúna e Mel ficam responsáveis pelas oficinas. O projeto aproveita para lançar a #apoiasejovensartistas, que visa incentivar e dar visibilidade às produções dos jovens artistas.

Confira abaixo a programação:

– Oficina 1: omi dudu

Data: quarta-feira, 3 de novembro de 2021 às 19h.

Carga horária: 1h30min

Ministrante: Mapô

Artista Mapô – Crédito: Divulgação

Bio: Vive e trabalha no Morro da Boa Vista, Niterói. Artista visual, atualmente está no Programa Gratuito de Formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ) e é estudante de Gastronomia pelo Instituto Mix de Niterói. Pratica a arte, a fé nos orixás e a vivência na favela. Está ligado e atravessado por: Coletiva Ocultas, Sarau Oriki, Gira Circuito Itinerante de Performances, Casa Mocambo e é Dirigente de Terreiro de matriz religiosa Afro-Indígena em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Atua, performa, canta, dança, filosofa, pinta, desenha, escreve, costura, dirige, roteiriza e sobrevive da marginalidade artística e pratica tarot, baralho cigano e meridilogun, está nas ruas, nos ateliês, no terreiro e online.

Sinopse: A oficina pretende, com o waji  — pó azul utilizado em religiões de matrizes africanas —, explorar a sua prática a partir da narrativa tradicional do povo Iorubá, remarcando a presença da cosmovisão Africana na pretagogia aqui situada. A partir de uma cartilha, iremos traçar uma estória e propor uma limpeza no corpo através do elemento waji… como um feitiço para abrir caminho, esse é um ebó pro òrí expandir, esquentar a mão da criatividade, enlaçar o tempo a nosso favor. Aqui, aprenderemos encantar, cantando a água que estamos aflorando, as energias invisíveis que movimenta, regenera e cura…

Público-alvo: Artistas, pessoas racializadas e interessadas no assunto de religiões de matrizes africanas.

Quantidade de vagas: 50.

– Oficina 2: Descartes insustentáveis e reflexos sobre o lixo: operações artísticas para uma crise climática

Data: quinta-feira, 4 de novembro de 2021 às 19h.

Carga horária: 3h

Ministrante: Iah Bahia

Artista Iah Bahia – Crédito: Divulgação

Bio: Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Trabalha com variadas formas e materialidades em artes, entende sua formação como livre pelas Escola de Artes Spectaculu e pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). Possui sua prática-pesquisa a partir de observações e experimentações interdisciplinares que faz do mundo a partir do tecido, do lixo e dos elementos encontrados no território que coabita. Dentro dessa prática, intenciona ressignificar a ideia material do objeto de arte em arranjos para uma nova visualidade do mundo como conhecemos.

Sinopse: A oficina propõe uma reflexão sobre questões ecológicas através de trabalhos artísticos e provoca-nos sobre a produção de descartes no tempo moderno, esbarrando em maneiras imagéticas e imaginativas que tocam em questões da crise ambiental e que ressignificam a materialidade do lixo.

Público-alvo: Artistas, pessoas interessadas em arte ecológica, trabalhadores da reciclagem, entre outros.

Quantidade de vagas: 50.

– Oficina 3: Como pegar sua parede – uma oficina de Lambe-lambe

Data: sexta-feira, 5 de novembro de 2021 às 19h.

Carga horária: 1h30min

Ministrante: Baraúna

Artista Baraúna – Crédito: Divulgação

Bio: Vive e trabalha no Morro do Palácio, Niterói. Iniciou na fotografia em 2018 retratando a sua realidade como militante de movimentos de rua. A sua realidade conduz seu olhar fotográfico e o incentiva a fazer sua arte, utilizando apenas materiais que ele mesmo produz em seus trabalhos.

É cria do Gramacho, Duque de Caxias e viveu grande parte de sua vida lá. No mesmo ano em que teve seu primeiro contato com a fotografia, mudou-se para Niterói a fim de cursar Licenciatura em História (2016), a partir daqui sua vida mudou completamente. Em Niterói, faz parte do coletivo “UjimaGang” que atua em diversos segmentos de cultura no Estado do Rio, lá conheceu referências que estão com ele até hoje.

Desde o último ano passou a pesquisar fotografia analógica, com isso também veio a ideia de intervir artisticamente nas mesmas. Nesse processo acabou se apaixonando novamente pela fotografia. Baraúna diz não ser necessário tirar uma foto para fazer sua arte, mas precisa da sua câmera para ser o artista que compreende ser. Segundo ele, ser artista no subúrbio é um processo de aprendizado diário, para algumas pessoas o seu processo fotográfico pode causar curiosidade.

Sinopse: A oficina promoverá uma introdução ao lambe-lambe como técnica e expressão artística e contemporânea, sobre o lambe-lambe e a imagem colada no meio urbano. As intervenções artísticas, os materiais utilizados (tipos de goma ou grude), as formas de lambes, de anúncios às expressões artísticas (fotografias, colagem, pintura, personagens digitais, frases e poesias) …  Qualquer papel pode virar lambe!

Público-alvo: Artistas, pessoas interessadas em Arte Urbana, entre outros.

Quantidade de vagas: 50.

– Oficina 4: Re(corte) da Subsistência

Data: sábado, 6 de novembro de 2021 às 17h.

Carga horária: 2h

Ministrante: Mel

Artista Mel – Crédito: Divulgação

Bio: Vive e trabalha em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Artista plástica, estudante de Licenciatura em Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da UFRJ. Atualmente é bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid UFRJ) atuando no Colégio Pedro II e mediadora em oficinas artísticas pelos grupos A.R.T.E. 2 e Pé de Moleque. Participou da “Mentoria Artística Poéticas Femininas na Periferia” da plataforma Artistas Latinas que resultou na exposição, de mesmo nome, em sua versão virtual e presencial no Paço Imperial (2021). É, também, uma das artistas expositoras na “Mostra Virtual Corpo Profano” (2021).

Sinopse:  A oficina consistirá em criar narrativas a partir de exercícios práticos de colagens analógicas, trabalhando temas relacionados à subsistência dos corpos. Levando em consideração que o corpo é nossa morada, a ideia é reconhecer o pertencimento e território, tanto físico quanto subjetivo, buscando desenvolver intervenções artísticas com recortes de revistas e/ou livros e outros materiais que dialoguem com memórias, estética e valorização do corpo.

Público-alvo: Artistas, pessoas interessadas em explorar a colagem analógica, entre outros.

Quantidade de vagas: 50.

Lista de materiais: papel, tesoura, lápis, revistas, fotos ou livros antigos, papéis coloridos, cola, linha, agulha, canetinhas coloridas.

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