Inspirada na Festa Literária de Paraty (Flip), a Flupp, Festa Literária Internacional das Unidades de Polícia Pacificadora acontece de 7 a 11 de novembro, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

Confira a programação:

FLUPP 2012 – PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira, 7/1
17h – Orquestra de Vozes Meninos do Rio.
Criada em 1998, a Orquestra é composta pelo coro de alunos de 23 escolas da Prefeitura e tem como objetivo estimular a inteligência musical das crianças. Cerca de mil alunos do 1º ao 9º ano compõem a Orquestra.

18h – Abertura solene

18h30 – Palestra: Ariano Suassuna
Ariano Suassuna é dramaturgo, poeta e romancista que combina o erudito e o popular em suas obras e desde 1990 ocupa a cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras.

20h – Show de Bráulio Tavares
Bráulio Tavares é escritor, cronista, roteirista, poeta e compositor. Em 1989, recebeu o Prêmio Editorial Caminho de Ficção Científica por seu livro “A Espinha Dorsal da Memória”. Seus pocket-shows fizeram dele uma das figuras mais cultuados da cena carioca na década de 1980. Não faz um show no Rio de Janeiro há quase 20 anos.

20h35 – Show de MV Bill e MC Swat
MV Bill é rapper, escritor e ativista social. Seu trabalho na música e na literatura retrata o cotidiano das favelas do Rio de Janeiro.
MC Swat é um dos rappers que embalaram musicalmente a luta contra o regime de Muammar Gaddafi.

Quinta-feira, 8/11
13h – Mesa com Beatriz Resende e Luciana Hidalgo. Mediação: Luiz Antônio Simas.
Tema – Antes tarde do que nunca
Afonso Henriques de Lima Barreto foi o primeiro escritor brasileiro a incluir a periferia em suas narrativas tanto do ponto de vista do território quanto da linguagem. Pagou um alto preço por isso, morrendo louco e miserável. A professora Beatriz Rezende e a escritora Luciana Hidalgo, as duas maiores conhecedoras de sua obra, estão participando dos esforços de resgatar sua importância para a literatura nacional. Ambas deram grandes contribuições para que o primeiro escritor brasileiro a se ver como negro hoje tenha sua obra traduzida para diversas línguas, adaptada para o cinema e conquistado o coração das novas gerações. Lima Barreto é o autor homenageado da I Festa Literária Internacional das UPPs.
Luiz Antônio Simas é escritor (“Samba de Enredo: História e Arte”, ed. Record), pesquisador e mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

15h – Mesa com Susie Nicklin e Yvvette Edwards. Mediação: Toni Marques.
Tema – Diferente é você 
Londres é a cidade mais cosmopolita do mundo. Cabe de tudo naquele melting pot futurista, no qual muçulmanas de burca e punks com cabelo moicano pintado de verde convivem confortavelmente na mesma calçada. Esta diversidade produziu uma literatura altamente inventiva, capaz de criar gêneros que vão da chic-lit de “Diário Bridget Jones” ao young adult de J. K. Rowling, passando pela literatura engajada no melhor estilo Charles Dickens e, claro, pelo pop de Nick Hornby. É dessa pluralidade de que falarão Susie Nicklin, diretora de literatura do British Council, e Ivvette Edwards, uma negra de origem jamaicana cujos livros são panfletos polvilhados com o açúcar dos grandes canaviais da terra de seus ancestrais.

17h – Mesa com Thomas Brussig e Marcos Alvito. Mediação: Igor Cavaco.
Tema – Jogo duro
O escritor alemão Thomas Brussig e o antropólogo carioca Marcos Alvito têm vários pontos em comum, como, por exemplo, o fato de ambos terem passado os melhores anos de suas vidas sob o tacão de uma ditadura – no caso de Brussig, a do proletariado; no de Alvito, a militar. Os dois produziram livros nos quais o direito à juventude foi cerceado por uma conjuntura política desfavorável. Outro ponto que os une é o amor pelo futebol, presente na mais recente produção de ambos. Thomas Brussig, que joga na seleção alemã de escritores, publicou “Schiedsrichter Fertig – Eine Litanei”, infelizmente ainda não traduzido para o português. O carioca está publicando, na internet, “A Rainha de Chuteiras”. Esta mesa, que tem o apoio do Instituto Goethe, discute os vínculos entre o futebol, a política e a literatura.
Igor Cavaco é jornalista e trabalha na coluna A pelada como ela é, publicada semanalmente no jornal O Globo.

19h – Juan Pablo Villalobos. Mediação: Toni Marques.
Tema – Entranhas mexicanas
Como a literatura é capaz de retratar de modo belo o mundo do filho de um traficante mexicano.
Livro de estreia do mexicano Juan Pablo, “Festa no Covil” está sendo aclamado mundialmente, tendo sido publicado na Espanha, no Brasil (ed. Cia das Letras), na Grã-Bretanha, na Romênia, na Holanda e na Itália, entre outros países. A tradução inglesa foi finalista do prêmio de livro de estreia do jornal britânico “The Guardian”. A obra concilia todos os aspectos que fizeram da narcoliteratura um dos gêneros mais populares do mundo com um olhar intimista, quase psicanalítico, para as entranhas de uma das sociedades mais complexas do mundo.
Villalobos, que atualmente mora em Campinas com sua mulher brasileira, acaba de lançar seu segundo romance na Espanha.
Depois da entrevista, um menino ator lerá trechos da “Festa”, e Juan Pablo responderá a perguntas da plateia.
Toni Marques é jornalista, escritor e curador da FLUPP.

Sexta-feira, 9/11
13h – Mesa com Bernardo Kucinski e Arnaldo Bloch. Mediação: José Goldfarb.
Tema – Memória coletiva, dor individual
Realidade e ficção de judeus brasileiros: marginalização, integração e poder.
Bernardo Kucinski é jornalista, professor e escritor. Foi assessor da Presidência da República no primeiro mandato do Presidente Lula. Escreveu vários livros de não-ficção até se aventurar no romance “K”, no qual transpôs para a literatura a dura experiência vivida durante a ditadura militar, quando a repressão sumiu com sua irmã e seu cunhado.
Arnaldo Bloch é escritor, jornalista e colunista do jornal “O Globo”. Entre outros títulos, publicou “Os Irmãos Karamabloch”, sobre a ascensão e a queda dos empreendimentos da família Bloch. Os Bloch são judeus ucranianos que chegaram ao Rio de Janeiro depois de enfrentar a opressão do czar, os horrores da Primeira Guerra Mundial e as arbitrariedades da Revolução de 1917.
José Goldfarb é consultor do programa Rio, Uma Cidade de Leitores, da Secretaria Municipal de Educação, coordenador da RedeMis, do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e professor do Programa de Pós-Graduação em História da Ciência na PUC-SP.

15h – Mesa com MC Swat, Najwan Darwish e Martin Jankowski. Mediação: Toni Marques.
Tema – Arte entre bombas, opressão e espiões.
MC Swat é um rapper de Benghazi cujas canções embalaram a revolução líbia durante a surpreendente Primavera Árabe. Najwan Darwish é um poeta palestino, já traduzido para dez idiomas, e consultor literário do PalFest, o Festival de Literatura da Palestina. E Martin Jankowski, criado na cidade de Gotha, participou das manifestações que levaram à queda do Muro de Berlim nos anos 1980, em Leipzig, como cantor e poeta.
Essa mesa explosiva vai provar que as circunstâncias mais duras não são suficientes para impedir a criação artística.
Martin e Najwan lerão trechos de seus poemas, antes de responder a perguntas da plateia, com MC Swat.

17h – João Ubaldo Ribeiro e Ana Maria Machado. Mediação: Claudiney Ferreira.
Tema – Viva a Academia Brasileira
Além de serem dois dos mais importantes escritores brasileiros em atividade, João Ubaldo Ribeiro e Ana Maria Machado são nomes altamente populares. Romances como “Viva o povo brasileiro” e “Menina bonita do laço de fita” já nasceram clássicos. A eleição de ambos para a Academia Brasileira de Letras faz parte de um processo de renovação de uma instituição que enfim procura dialogar com o povo, atraindo-o para dentro de suas dependências com uma programação mais dinâmica e procurando-o em locais que vão para além da Cidade Literária. Um exemplo da ampliação do campo de atuação da ABL é a parceria com a FLUPP, iniciada já na noite de abertura da FLUPP Pensa, que teve como autor convidado a presidente Ana Maria Machado. Os imortais Alberto da Costa e Silva e Cícero Sandroni falaram nas ações da FLUPP Pensa na Academia de Polícia Militar Dom João VI.
Claudiney Ferreira é jornalista, radialista e produtor cultural. É gerente do Núcleo de Diálogos do Itaú Cultural.

19h – Mesa com Paulo Scott e Luiz Ruffato. Mediação: Marcelo Backes.
Tema – Narrativa das Origens, as Origens da Narrativa.
A trajetória de vida na obra de dois dos maiores escritores brasileiros, que têm origens humildes.
Paulo Scott é poeta, contista e romancista (autor de, entre outros, “O Habitante Irreal”, ed. Alfaguara, e “Ainda Orangotangos”, ed. Bertrand Brasil, 2ª edição). Criado na periferia de Porto Alegre, o escritor gaúcho escreve com freqüência sobre a questão racial, sempre pungente. “O Habitante Irreal”, sua obra mais recente, foi indicado para os principais prêmios literários deste ano.
Luiz Ruffato é poeta, ensaísta e romancista, autor de “Eles Eram Muitos Cavalos” e da série “Inferno Provisório” (ambas publicadas pela ed. Record), tendo recebidos vários prêmios, como os da Associação Paulista de Crítico de Artes e Jabuti. Criado em Cataguases, o escritor mineiro fez uma espécie de escavação arqueológica no universo operário de sua cidade natal, cujo desenvolvimento esteve ligado às indústrias têxteis até a quebradeira generalizada no início da década de 1990. “Eles Eram Muitos Cavalos” foi considerado o livro da década passada por críticos ligados ao jornal O Globo.
Marcelo Backes é tradutor e escritor, autor de, entre outros, “Três Traidores e Uns Outros” e “Maisquememória”, ambos publicados pela editora Record), e “Lazarus über Sich Selbst” (Peter Lang Verlag).

Sábado, 10/11
11h – Bernardo Vilhena e Carlito Azevedo. Mediação: Heloisa Buarque de Hollanda
Tema – Poesia sempre
Tão importante quanto os poetas na mesa será a mediação de Heloísa Buarque de Hollanda, que teve um papel fundamental na carreira tanto de Bernardo Vilhena quanto de Carlito Azevedo. Além de ter sido a primeira editora oficial a publicar um livro com os poetas da chamada poesia marginal, sua tese de doutorado, “Impressões de viagem”, foi o primeiro estudo acadêmico sobre a geração de poetas de que Bernardo Vilhena é um dos principais expoentes. A sempre atenta professora de literatura também incluiu Carlito Azevedo na igualmente ruidosa antologia “Esses poetas”, em que reuniu os poetas mais expressivos da década de 1990. Bernardo Vilhena se tornou um dos poetas mais populares do Brasil, principalmente depois que migrou para as letras de música. Carlito Azevedo, cuja importância pode ser medida pelo Jabuti ganho já em seu primeiro livro, é também um importante editor.
Heloísa Buarque de Hollanda é professora, editora e uma das criadoras da FLUPP.

13h – Mesa com Manuel Vilas e Patricia Portela. Mediação: Leonardo Villa-Forte.
Tema – Escrever é misturar, ou letras carnavalizadas.
A literatura do século XXI como cruzamento de referências, renovação de formatos e confluência de gêneros.
Manuel Vilas, espanhol, é poeta e ficcionista, autor de “Los Immortales” e “España (ambos publicados pela ed. Alfaguara).
Patrícia Portela, portuguesa, é ficcionista, dramaturga e diretora de teatro, autora de, entre outros, “Para Cima e Não para o Norte” e “Odília” (ambos publicados pela ed. Leya).
Patrícia Portela é um dos cinco escritores que participarão do Ano de Portugal no Brasil. A participação de Manuel Vilas na FLUPP é fruto de uma parceria da FLUPP com o Instituto Cervantes.
Leonardo Villa-Forte é escritor e tradutor. Criou o projeto MixLit, de mixagens literárias.

15h – Allan da Rosa e Kei Miller. Mediação: Heloisa Buarque de Hollanda.
Tema – Poesia falada
A vanguarda está devolvendo a poesia para seu lugar de origem – a praça pública, o sarau, a performance por intermédio da qual o poeta pode confraternizar-se com um leitor real, cujas reações podem ser mensuradas ali mesmo, sem nenhuma mediação. No Rio de Janeiro em particular, a cena do sarau vem se tornando tão presente que hoje se pode vê-lo, e desfrutá-lo, em lugares remotos como São Gonçalo, Baixada Fluminense e Ipanema, claro. Não é diferente em outros locais do mundo, como a Kingston de Kei Miller.
Literalmente uma das vozes mais expressivas do Caribe, Kei Miller é também um performer, apresentando seus poemas sempre de forma surpreendente e tocante. Tem livre trânsito no Reino Unido e dirige o programa de Oficina Literária da Universidade de Glasgow, na Escócia.
Allan da Rosa, um morador da periferia paulista que se recusou a abraçar a carreira de office-boy que lhe foi oferecida, é capoeirista, educador, editor, escritor e poeta. Está no olho do furacão dos saraus que tomaram de assalto a periferia de São Paulo.
Kei e Allan lerão poemas antes de responderem a perguntas da plateia.

17h – Palestra: Ferreira Gullar. Mediação: Miguel Conde.
Tema – O Brasil dos meus poemas.
Ferreira Gullar é o maior poeta brasileiro contemporâneo. É também dramaturgo, ensaísta e crítico de arte e colunista do jornal “Folha de São Paulo”. Foi presidente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes, que no início da década de 1960 inspirou uma geração de artistas engajados como Cacá Diegues e Sergio Ricardo a procurar as comunidades populares do Rio de Janeiro com espetáculos transformadores. Sua militância o obrigou a se exilar no início da década de 1970, no auge da ditadura militar. Recebeu, entre outros prêmios, o Jabuti e o Camões. Seus livros foram traduzidos em vários países.
Miguel Conde é jornalista e curador da FLIP – a Festa Literária Internacional de Paraty.

19h – Mesa com João Ricardo Pedro, Nuno Camarneiro, Sandro William Junqueira e Patrícia Reis.
Tema – Uma mesa portuguesa com certeza
Esta mesa é o marco inaugural, no campo da literatura, do Ano de Portugal no Brasil. Esses autores farão em seguida um tour pelo Brasil. Cada integrante lerá um texto curto sobre o seguinte assunto: o que faz de mim um escritor português? E uns comentarão o texto dos outros.
João Ricardo Pedro, engenheiro de formação, é vencedor do Prêmio Leya de 2012, pelo romance “O Teu Rosto será Sempre o Último” (ed. Leya).
Nuno Camarneiro, também engenheiro, é autor de “No Meu Peito não Cabem Pássaros” (ed. Leya) e de micronarrativas.
Sandro William Junqueira é poeta, contista, encenador e ator, autor de, entre outros, “Um Piano para Cavalos Altos” (ed. Leya).
Patrícia Reis é jornalista e escritora, autor de, entre outros, do romance fotográfico “Beija-me”, com João Vilhena (ed. Dom Quixote), e “Antes de Ser Feliz” (ed. Leya).

Domingo, 11/11
11h – Mesa com Elisa Lucinda e Raphael Draccon. Mediação: Felipe Pena.
Tema: O neoleitor
A nova classe média brasileira se tornou a Meca de todas as indústrias, inclusive a cultural. A entrada de milhões de brasileiros no mercado consumidor atiçou a imaginação dos produtores de commodities, dos vendedores de sonhos, dos fabricantes de gadgets. E no mercado editorial? Que diferença esses neoconsumidores representam? Dois dos autores brasileiros mais populares, o escritor Raphael Draccon e a artista multimídia Elisa Lucinda conversarão sobre uma literatura popular, capaz de falar para o coração de milhões de pessoas.
Felipe Pena é jornalista, escritor e editor da antologia Geração Subzero. Autor, entre outros, de “Fábrica de Diplomas” (ed. Sette Letras) e “O Verso do Cartão de Embarque” (ed. Record).

13h – Mesa com Étienne Lécroart e Olivier Martin. Mediação: Lobo.
Tema – Narrativas colaborativas.
O OuBaPo, obras de histórias em quadrinhos sob restrições, foi fundado em 1992 por um grupo de quadrinistas franceses mais preocupados na HQ como arte, que gravitavam em torno da editora L’Association. O movimento se vale de parâmetros formais que ao mesmo tempo dificultam e libertam o trabalho da narrativa. Étienne Lécroart é um dos criadores dessa linguagem que subverte os sentidos da leitura, capaz de transformar o desenho num origami ou mesmo num palíndromo gráfico. Outro mestre do OuBaPo, Olivier Martin é parceiro de vários autores brasileiros de HQ, com os quais está dividindo um livro resultante de sessões de improviso em que o público pode interferir.
Sandro Lobo, ou Lobo, é editor de histórias em quadrinhos e um dos criadores da RioComicon.
Esta mesa tem o apoio da Maison de France e do Consulado Francês.

15h – Francisco Bosco e Luiz Eduardo Soares. Mediação: Marta Porto.
Tema – O saber e a sabedoria
Os participantes desta mesa são dois eruditos com fortes vínculos com a sabedoria popular, suas expressões mais autênticas. Francisco Bosco é doutor em teoria da literatura, com tese sobre Roland Barthes. Luiz Eduardo Soares, um dos antropólogos mais brilhantes do país, tem uma longa militância na vida acadêmica. Luiz Eduardo é um dos autores de “Elite da Tropa” e “Cabeça de Porco”, para citar apenas dois dos seus livros que caíram no gosto popular. E Francisco Bosco, filho e parceiro de um dos cantores mais amados do Brasil, é um dos letristas mais solicitados da nova MPB.
Marta Porto é ensaísta e consultora. Entre outros cargos, foi coordenadora do escritório regional da Unesco no Rio de Janeiro e diretora do Departamento de Cultura e Planejamento e coordenadora cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

17h – Mesa com Naomi Alderman e Simone Campos. Mediação: Toni Marques.
Tema – Videogame e literatura.
Sendo as favelas cariocas dotadas de lan houses, e os jogos eletrônicos cada vez mais acessíveis ao dono de um telefone celular, a mesa mostrará como se casam técnicas de games e literárias, para proveito de ambos.
Simone Campos é escritora, tradutora e editora. Estreou na literatura aos 17 anos, com o romance “No Shopping” (ed. Sette Letras). “Amostragem Completa”, seu primeiro livro de contos, foi patrocinado pela Petrobras Cultural. O patrocínio foi concedido também para o livro interativo “Owned – Um Novo Jogador”, disponível online e em papel.
Naomi Alderman é romancista e autora de games. Entre outros prêmios, recebeu o prestigiado Orange para novos autores. Foi autora-chefe do jogo de realidade alternativa “Perplex City”, finalista do Prêmio da Academia Britânica de Cinema e Televisão. Escreveu games online para a BBC e a editora Penguin, entre outros. Seu terceiro romance, “The Liar’s Gospel”, foi publicado este ano.

19h – Mesa com João Emanuel Carneiro. Mediação: Cris dos Prazeres
Tema – Classe C de Cultura.
“Avenida Brasil” parou o país ao longo dos meses em que esteve no ar. Seu sucesso chegou a um ponto tal que os produtores culturais passaram a marcar seus eventos para depois da novela. Mais do que conquistar índices de audiência espetaculares, o roteirista João Emanuel Carneiro colocou na telinha da Globo um Brasil que sempre soubemos que existe, mas do qual só nos permitíamos falar por intermédio da caricatura, desdenhando-o. Foi um marco que garantiu um lugar na história para o também co-roteirista de “Central do Brasil” como o autor da primeira telenovela a falar de/com a nova classe média.
Cris dos Prazeres é uma das principais lideranças do Morro dos Prazeres e adorou “Avenida Brasil”.