Depois da polêmica entre Elba Ramalho e cantores sertanejos sobre a invasão das duplas nos festejos juninos tradicionais de cidades como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE), parece que a discussão se estendeu e desceu para as festas juninas e julinas do Sudeste. o vilão da vez é o funk.
Os mais puristas reclamam que as festas juninas cariocas tocam mais funk que música caipira ou forró. Só que desde o início dos anos 90 é assim. Lembro das festas juninas que frequentava numa praça em Del Castilho, onde só tocava música caipira na hora da quadrilha. Quando terminava a apresentação, era axé e funk que o DJ botava pra tocar. Em outras ainda tocavam pagode também. Mas o alvo é o funk – sempre o funk…
A mim, causa muito desconforto que nesses tempos atuais, enquanto tramita um projeto de lei no Senado Federal que prevê a criminalização do funk, o mesmo venha a sofrer ataques de um pessoal que se diz muito bacaninha e cool, mas que acha que essas festas não podem contemplar o ritmo. O curioso é que, quando rolam nesses espaços outros gêneros musicais como maracatu, coco, carimbó e levadas consideradas alternativas, não vejo a mesma reclamação.
Então, é sempre bom lembrar: funk não é crime!