Créditos: Tiago Nascimento / ANF)

O Genocídio Biomítico acontece via ataques de intolerância religiosa ou destruição de territórios sagrados ou situações de violência material e simbólica, que são rotineiros quando se tratam das manifestações culturais dos povos de terreiro, sobretudo as religiões de matriz africana.

Para os adeptos das religiões de matriz africana, a natureza e o sagrado são essenciais, já que os orixás são representantes de cada elemento da natureza, fortalecendo a relação entre o mundo físico e o mundo espiritual.

O FOSENPOTMA (Fórum Nacional de Segurança alimentar dos povos tradicionais de Matriz Africana), atua principalmente nas frentes de ação para combater o genocídio biomítico, e precisa ser uma luta coletiva, para além dos povos de terreiro, garantindo a subisistência destes que possuem um sistema próprio de alimentação, linguagem, preservação e relação com a natureza.

As ações do fórum são: a articulação com lideranças parlamentares, a defesa de leis que contemplem as demandas de reparação histórica dos povos de matrizes africanas, além da luta por segurança alimentar e nutricional dos povos de terreiro numa perspectiva de africanidades, fornecendo alimento para as comunidades e os orixás.

“Quando os materiais biológicos e minerais sacralizados e implantados específicamente em cada terreiro é atacado e violado aí se constituí a ação de genocídio”, afirma Bernadete Souza, ialorixá e coordenadora do FOSENPOTMA (Fórum Nacional de Segurança alimentar dos povos tradicionais de Matriz Africana).

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.