O Genocídio Biomítico acontece via ataques de intolerância religiosa ou destruição de territórios sagrados ou situações de violência material e simbólica, que são rotineiros quando se tratam das manifestações culturais dos povos de terreiro, sobretudo as religiões de matriz africana.
Para os adeptos das religiões de matriz africana, a natureza e o sagrado são essenciais, já que os orixás são representantes de cada elemento da natureza, fortalecendo a relação entre o mundo físico e o mundo espiritual.
O FOSENPOTMA (Fórum Nacional de Segurança alimentar dos povos tradicionais de Matriz Africana), atua principalmente nas frentes de ação para combater o genocídio biomítico, e precisa ser uma luta coletiva, para além dos povos de terreiro, garantindo a subisistência destes que possuem um sistema próprio de alimentação, linguagem, preservação e relação com a natureza.
As ações do fórum são: a articulação com lideranças parlamentares, a defesa de leis que contemplem as demandas de reparação histórica dos povos de matrizes africanas, além da luta por segurança alimentar e nutricional dos povos de terreiro numa perspectiva de africanidades, fornecendo alimento para as comunidades e os orixás.
“Quando os materiais biológicos e minerais sacralizados e implantados específicamente em cada terreiro é atacado e violado aí se constituí a ação de genocídio”, afirma Bernadete Souza, ialorixá e coordenadora do FOSENPOTMA (Fórum Nacional de Segurança alimentar dos povos tradicionais de Matriz Africana).
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