A cada novo dia Brasília percebe que existe sim um plano para impedir a posse do presidente eleito Lula e que inclui desde ações-relâmpagos de grupos bolsonaristas em restaurantes e supermercados anunciando a próxima tomada do poder e a continuação do governo Bolsonaro até a explosão de bombas em atentados terroristas – a tempo desmontadas pela polícia. O Exército finalmente parou de apoiar tacitamente os acampamentos às portas dos quartéis promovendo seu desmonte como primeira medida do novo comandante, general Júlio César de Arruda, que teve a posse no cargo antecipada como parte da resposta aos grupos insurgentes.
Em outra ponta, a deputada paulista Carla Zambelli está numa nebulosa missão oficial do legislativo brasileiro à Europa, onde em entrevista à televisão espanhola repetiu todas as mentiras que se dizem sobre Jair Bolsonaro e seu governo, como sua honestidade e a retomada da economia em sua gestão. É tanta falsidade que o próprio entrevistador mostra-se incrédulo diante das câmeras, enquanto ela desfila como porta-bandeira da extrema-direita alardeando as excelências do governo e do presidente para quem defende mais quatro anos, à margem da constituição. Veja a entrevista aqui.
O deputado Gláuber Braga, da oposição, perguntou no plenário ao presidente da Câmara, Artur Lira, se a deputada está de fato em missão oficial de propagar o golpe no exterior, e Lira tergiversou, disse que ela pediu mas ele não se lembra de ter permitido e nem tinha conhecimento da entrevista. Braga ficou de enviar uma cópia e de cobrar uma explicação. Quem conhece a rotina da Câmara dos Deputados sabe que não costumam dar em nada os pedidos de explicações e em se tratando de Lira e Bolsonaro, basta lembrar que o presidente da Câmara é autor da ideia de criar o cargo de senador vitalício para os ex-presidentes da república.
De volta ao asfalto brasiliense, a direita semiclandestina vestida à paisana já é responsabilizada pelo fogo em veículos e pelas bombas jogadas na capital na noite do dia 12 último, depois da diplomação de Lula e Alckmin no auditório do TSE. É nítida a impressão digital dos militares nas ações, como as do próprio Jair Bolsonaro agindo nos bastidores, velho costume seu. O general Arruda está muito ciente da situação e a urgência de sua posse mostra que não há tempo a perder: os radicais da direita planejam atentados e tumultos que serão atribuídos à esquerda, ainda seguindo a lógica de Bolsonaro, Augusto Heleno e outros golpistas.
Tenho cá para mim que não basta a ação imediata do ministro Alexandre de Morais, do general Arruda ou das polícias federais e de Brasília. Defendo que esses personagens que estão na cena política, como Flávio Dino, ocupem espaço nos noticiosos no rádio e na televisão e denunciem os atentados contra a posse do presidente eleito e, por conseguinte contra a democracia, para a verdade ser mostrada com toda a clareza que a situação exige. O Brasil do bem tem poucas horas para vencer o jogo sujo que está aí.
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