O número de famílias em situação miserável no Brasil chegou aos 14 milhões de brasileiros em 2020, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
São consideradas miseráveis pessoas que têm renda de até R$ 89 mensais e extrema pobreza são pessoas com renda menor que esse valor.
A pandemia da Covid-19 escancarou essa realidade para todos nós, mas principalmente para os governos e grandes mídias. Em 2020, 68,1 milhões de pessoas receberam pelo menos uma parcela do auxílio.
Essas milhões de pessoas são divididos em três grupos: o primeiro, com 19,5 milhões que já recebiam o Bolsa Família, o segundo grupo com 10,5 milhões de brasileiros (as) estão no Cadastro Único e terceiro e mais denso grupo com 38,1 milhões de pessoas, que fizeram o pedido do auxílio pelo aplicativo da Caixa Federal e não são atendidos pelo Governo Federal.
Este terceiro grupo são daquelas pessoas que não são contemplados por benefícios de assistência social – como Bolsa Família mas também não contam com uma renda fixa e não conseguem prosperar a situação financeira e também não contam com direitos básicos como: auxílio doença, seguro desemprego entre outros.
E essas milhares de pessoas são “invisíveis” aos olhos do governo e dos críticos de economia, afinal elas não entram nos dados oficiais. São milhões de pessoas na informalidade, o que o governo chama de “invisível,”.
São mulheres e homens que pegam ônibus, consomem, são diaristas, são os técnicos que arrumam o computador em casa, são os milhões de informais. Eles e elas estão no nosso dia-a-dia, nos nossos territórios, muitas vezes dentro de nossas casas e círculos de amizade.
E assim como eles estão presentes em nossas vidas, também fazem parte do cotidiano dos governos, uma vez que essa população usa os serviços públicos de saúde, educação e transporte e etc.
O que o governo chama de “invisível” na verdade é “ insensível,” pois espera que assim como seus ministérios e governantes ignora essa parte da população, silenciar suas vozes e piora sua condição de vida.
Os desmontes do Estado atingem diretamente todos nós, o governo Bolsonaro se dedica a reformar os serviços públicos com a ótica do custo para administração federal e não com benefícios para população.
É preciso que o presidente Jair Bolsonaro pare de olhar para CNPJs que rendem milhões e volte o seu olhar para nossa população que está ficando cada vez mais miserável ou próxima da miséria.
A volta do auxílio emergencial é pauta na câmara e no senado, e com isso não respeitará o teto de gastos imposto pelo presidente Michel Temer em 2016.
Agora dependemos do Congresso Nacional e principalmente do Ministro Paulo Guedes para que tenhamos chances de sobrevivência, e das autoridades do governo para que tenhamos um futuro com sensibilidade e não invisibilidade dos nossos cidadãos e cidadãs brasileiras.