A Companhia de Dança Ritmo Contagiante leva alegria e diversão ao bairro de Pirajá, em Salvador. O grupo oferece várias modalidades de dança, mas o intuito principal é oferece oportunidade de inclusão social. As aulas acontecem, gratuitamente, na Escola Estadual Santos Dumont, as segundas e Quartas-Feira, das 18:00 h às 20:30 h.
O grupo apresenta em vários eventos: aniversário, casamento, formatura, apresentações em escolas, praças e teatros. Com quase 11 anos de fundação, o grupo desenvolve um papel importante em Pirajá. De acordo com o Professor e Fundador do grupo Clauderson Santos de Santana, 30 anos, o grupo oferece oportunidade para quem gosta de dançar, mas a ideia é a formação social através da arte. “Queremos mostrar para eles (alunos) que existem meios de ser feliz sem precisar está se envolvendo com o crime.
Desde criança Clauderson Santos de Santana tinha uma relação muita estreita com a dança. Ele sempre gostou das performances dos dançarinos e os assistia pela televisão. Com o tempo, foi aprimorando a arte de dançar. Ele conta, com muito entusiasmo, que recebeu um convite para apresentar num aniversário de 15 anos, e isso o motivou a dar aulas. Com mais de uma década de existência, já foi formado seis monitores, e um deste se tornou professor. Mais de 300 pessoas foram atendidas ao longo desse tempo.
“Eu era uma pessoa muito tímida, de pouca conversa, mas depois que entrei no grupo, em 2015, aprendi a dar mais valor as coisas, aprendi a me expressar mais. Foi através da dança que entendi as questões sociais que vivemos, ” diz Deise Carolina Santos de Souza, 19 anos, aluna do grupo de dança.
Falta de Apoio: A maior dificuldade do grupo é a falta de apoio financeiro. as despesas geralmente são custeados na pelo professor e alunos.
“Este ano já cancelamos duas apresentações por falta de dinheiro para o transporte. A maioria dos integrantes não têm condições e quando não posso arcar com os custos, infelizmente, temos que cancelar os eventos ” lamenta o professor Clauderson.
O professor lembra que mesmo sem apoio tenta contribuir com os alunos e também outras instituições sociais. “Em 2017, promovemos o festival de dança e arrecadamos 356 kg de alimentos e doamos para um hospital infantil”.
Mesmo com todos os problemas o professor fala que vai continuar, pois ajudar aos jovens é essencial para desenvolvimento do bairro de Pirajá. “ A Luta continua”.