Fundado em maio de 2009, na zona Leste de São Paulo, o Grupo Rosas Periféricas está comemorando 15 anos de trajetória. Em outubro, o público será brindado com uma programação gratuita no Sesc Itaquera, que ocorre na Área de Convivência e na Praça de Eventos da unidade. Os temas vêm do que ronda as periferias onde vivem: a desigualdade social, o machismo, a feira livre e o tênis pendurado no fio elétrico.
“Viver um teatro periférico por 15 anos é uma experiência espetacular para nós, integrantes do Rosas Periféricas. Não poderíamos imaginar que nosso teatro sobreviveria por tanto tempo, com tantas conquistas e transformações em nossa comunidade pela linguagem teatral”.
Trata-se da leitura dramática do texto de sua primeira montagem, Vênus de Aluguel, no dia 5/10, às 13h30; da encenação de dois espetáculos infantis de seu repertório, Ladeira das Crianças – TeatroFunk, no dia 19/10, e Rádio Popular da Criança, no dia 20/10, ambos às 15h; e do bate-papo Teatro Periférico na Zona Leste, no dia 26/10, às 13h30, com participação de coletivos convidados – O Buraco d’Oráculo e Coletiva Filhas da Dita.
“A relevância dessa temporada no Sesc Itaquera passa por colocar nosso trabalho em evidência, por ocupar esse importante espaço e consolidar parte da história do teatro que prolifera na periferia, no nosso caso, na Zona Leste paulistana”, declaram uníssonos os integrantes do grupo”.
Grupo atuante na Zona Leste, o Rosas Periféricas iniciou suas pesquisas teatrais em 2008, consolidando-se como um grupo no ano seguinte. São artistas e educadores(as) que investigam linguagens cênicas ancoradas em processos de criação em equipe.
Com sede no Parque São Rafael, em seu repertório constam os espetáculos: Vênus de Aluguel (2009), com temporada no Teatro X; A Mais Forte (2010); performance Fêmea (2012); Rádio Popular da Criança (2013), primeiro espetáculo para o público infantil em cuja história consta circulação por 10 estações malha ferroviária paulista, em 2015; Narrativas Submersas (2014), cortejo que abre a Trilogia Parque São Rafael; Lembranças do Quase Agora (2015), segundo ato da Trilogia; Labirinto Selvático (2016), que fecha a Trilogia; e Ladeira das Crianças – TeatroFunk (2019), infantil que marcou os 10 anos do grupo e segue em repertório.
Desde 2018, realiza o Sarau da Antiga 28 no último sábado do mês, em sua sede; inciativa que já trocou conversas, música e versos com diversos artistas e mestres, além de ter o microfone aberto para a comunidade exercitar a expressividade, lembrando a importância da cultura, da arte e da educação na vida das pessoas.
Por várias vezes o Grupo Rosas Periféricas foi contemplado em editais de cultura da cidade e do estado de São Paulo, como Programa VAI, Lei de Fomento ao Teatro e ProAC.
Sua trajetória inclui apresentações em unidades do Sesc São Paulo, Casas de Cultura, Fábricas de Cultura, praças e ruas; participação no Festival Internacional de Teatro de Setúbal – Portugal; e participação na Ocupação Decolonialidade: Poéticas da Resistência, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Rrealizou o projeto Rosas Faz 10 Anos – Memórias de Um Teatro Maloqueiro (2020-2023), que incluiu livro biográfico assinado por Akins Kinté e documentário feito pelo Lado Sujo da Frequência.
Em 2023, o Rosas Periféricas foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro na categoria Energia que Vem da Gente, pelo conjunto da obra de 15 anos de teatro nas periferias.