Aconteceu, ontem, a 3ª reunião das Federações das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj) sobre a Intervenção Militar na Favela, na sede da Faferj.
Durante o encontro foram apresentados os grupos de trabalho (GTs), que servirão para acompanhar as ações da intervenção e garantir que os direitos humanos não sejam violados, e a formação de um corpo jurídico para acompanhar esses grupos.
“A partir dos GTs cada um vai criar seu trabalho. A Faferj vai criar um fórum permanente para acompanhar esses GTs”, explicou Kátia Lopes, da Faferj.
Os grupos de trabalho formados foram: comunicação popular, cultura negra e da juventude, formulador de debates sobre a intervenção, direitos humanos, mulheres e mobilização popular.
As reuniões da Faferj sobre este tema iniciaram um dia após o anúncio da intervenção feito pelo presidente Michel Temer. “Recebi uma ligação me pedindo para fazer alguma coisa, porque desta vez a situação era pior. Então, no dia seguinte fizemos a primeira reunião”, conta o presidente da Faferj, Rossino Castro.
“A preocupação é muito mais profunda. A gente sabe que tem muito recurso investido, mas nenhuma para a área social. É preciso garantir o direito de cidadania para o povo do Rio de Janeiro”, afirma Jaime Muniz, ex-presidente da Faferj.
O encontro reuniu mais de 100 pessoas representantes de associações de moradores de bairros e favelas, sindicalistas, ativistas, militantes e outros moradores e moradoras de favelas e periferias. Este é o momento em que todos devem estar unidos.