No dia em que a favela registrou queda de 76% das mortes por policiais, segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a Câmara municipal promoveu na tarde de hoje, 25, debate sobre botar ou não arma de fogo na cintura de guarda municipal.
O PL 23/2018 com votação marcada para amanhã, 26, às 14h tem apoio do prefeito Marcelo Crivella. Contrários ao armamento da guarda municipal, o MUCA levantaram a hashtag “GuardaArmadaNão” e pedem para que as pessoas a utilizem nas redes com fotos e vídeos relatando seus motivos para que a guarda municipal não seja armada.
A audiência de hoje começou com o vereador Reimont (PT), que levou o debate até a sessão após ser questionado em aplicativo de mensagem pelo vereador Jones Moura (PSD), que o acusou de usar o Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) para confundir a sociedade sobre a questão de armar guardas municipais. Em todo o país se desenrola um movimento favorável, que esbarra e encontra forte oposição nas entidades defensoras dos direitos humanos e pela vida.
“Eu quero uma polícia cidadã e não uma guarda armada. Ela sabe que quando a arma chegar na guarda municipal será a mais prejudicada. Estou abrindo esse debate para afirmar que nós não queremos o armamento da guarda municipal, afirmou o vereador.
Em resposta, Jones Moura, autor do projeto autorizando o armamento da Guarda Municipal, disse que para ter uma segurança pública municipal é necessário coragem e disposição de um prefeito. Afirmou também ser contra as armas nas mãos de ladrões e bandidos de facções, mas questionado sobre a possibilidade de o guarda armado se tornar miliciano disse que tudo dependerá de fiscalização.
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