As prefeituras do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias assinaram na semana passada convênios com a Polícia Rodoviária Federal “para melhoria da Guarda Municipal” que compreende a doação de armas aos Executivos municipais e treinamento dos agentes da Guarda Civil, que até agora não é armada, conforme diz a lei que a criou.
Marcelo Crivella, do Rio e Washington Reis, de Caxias, deram ampla divulgação ao ato de assinatura da cooperação técnica com a PRF. No Rio, além das 150 pistolas doadas, a prefeitura conseguiu a cessão do prédio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT, em Irajá, onde será montada até escola para as famílias dos agentes.
“Há estrutura para treinamento, com troca de experiência entre a GM e a PRF. Vamos fazer uma escola que será muito importante. Eles vão ceder o prédio e nós, os professores, e vamos educar os filhos dos policiais e dos guardas municipais”, disse Crivella, durante a assinatura do termo. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) esteve presente na solenidade.
Em Duque de Caxias, o convênio prevê treinamento dos agentes da Guarda Municipal e a doação pela PRF de 50 pistolas calibre 40, três de calibre 12 semiautomática e 7.500 munições para uso na cidade.
“Vai melhorar muito a segurança pública em nossa cidade. Sabemos da demanda da Guarda porque o criminoso vê o Guarda na rua, desarmado, o bandido não tem medo, agora terá. A Guarda Municipal agora poderá também se proteger”, afirmou o prefeito Washington Reis, que acompanhou a entrega ao lado do deputado federal Gutemberg Reis e do deputado estadual Rosenverg Reis.
A Câmara de Vereadores de Duque de Caxias autorizou o uso da arma de fogo à Guarda Municipal e o prefeito Washington Reis sancionou a lei no último dia 2. O próximo passo é o curso de capacitação para uso do armamento, também objeto do convênio. Em ambas as cidades movimentos pelos direitos humanos e políticos de oposição condenam as iniciativas dos prefeitos com os argumentos de que a Guarda Civil Municipal não foi criada para policiamento ostensivo, que é função da Polícia Militar, e ainda que o aumento do número de armas nas ruas apenas aumentará a violência policial, hoje em níveis alarmantes.