Na cena musical de Salvador, as experiências e os desafios enfrentados pela população periférica ganham destaque na mais recente colaboração entre Shook na Vozz e GUEDEZ.
O single intitulado ‘Visão da Favela’ foi lançado recentemente nas principais plataformas de música, acompanhado por um videoclipe que se desenrola no Nordeste de Amaralina, uma das comunidades mais populosas de Salvador.
A obra audiovisual, sob a direção da HitLab, ressalta uma narrativa visual às letras que dão voz às realidades das periferias. GUEDEZ, que desempenhou papéis cruciais na produção, direção musical e arranjos da música, acrescenta mais um capítulo impressionante à sua carreira solo como cantor. Após o lançamento de ‘Ela Pede’ em outubro, uma faixa que explora uma abordagem mais sensual, ‘Visão da Favela’ emerge como um desabafo pessoal, destacando questões de racismo e preconceito de classe que permeiam as comunidades.
“Existem muitos estereótipos sobre quem vive e vem da favela, que geralmente são colocadas como pessoas criminosas. Passei parte da minha infância no Candeal e na Cidade Baixa e acabei me identificando mais com a periferia do que outros lugares que frequentava, e, assim, tive uma outra perspectiva do que via na TV. Vivendo na periferia pude ver o quão ela é rica de arte, cultura e educação”, disse GUEDEZ.
Além de suas contribuições como compositor, produtor, beatmaker e guitarrista da Motumbá, GUEDEZ é uma figura reconhecida na cena do pagotrap baiano. Ele é também o idealizador por trás do SOTEROPAGOTRAP, evento que celebra e promove novos talentos neste estilo musical em ascensão em Salvador. Nesta nova fase de sua carreira, o artista busca explorar novas parcerias e sonoridades, encontrando satisfação no resultado dessa colaboração marcante com Shook na Vozz.
“Trabalhar com Shook é sempre bom! Além de termos uma conexão musical muito forte, temos nossos pontos de vista bem definidos, então tudo fica mais fácil durante o processo criativo. Nosso objetivo era trazer uma valorização para a favela e acho que conseguimos”, conclui.