H1N1 – Vila Kenedy registra morte de moradora por H1N1

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O inverno chegou e com eles palavras que já conhecemos: Tempo frio, casaco, chuva, resfriado, moletom, gripe, vento forte, guarda-chuva e chocolate quente.

Você está consciente das doenças causadas por uma mutação do vírus da gripe? Sabe a diferença da gripe para o H1N1? Não sabe o que H1N1? Então vamos conversar sobre isso.

A gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Também conhecida como gripe suína, o H1N1 é um subtipo do Influenza A, que se tornou conhecido quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010.

Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo levar os pacientes até mesmo à morte.

A moradora da Vila Kennedy, Suelen Leandro de 35 anos, procurou atendimento médico para tratar uma febre alta e após Exame de Raio X, recebeu o diagnóstico de suspeita de Pneumonia. Os sintomas evoluíram para uma insuficiência respiratória, dando início a um tratamento com o medicamento indicado no combate ao vírus H1N1, mas não resistiu e veio a óbito. Seu enterro foi no dia 09 de Julho, no Cemitério de Itaguaí, segundo informações da página Voz da Vila Kennedy.

Pandemia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao todo 207 países e demais territórios notificaram casos confirmados de gripe H1N1 entre 2009 e 2010, quando houve a pandemia da doença. Durante este período, foram quase nove mil mortos em decorrência da gripe H1N1.

O surto começou no México, onde uma doença respiratória alastrou-se pela população e chegou rapidamente aos Estados Unidos, Canadá e, depois, para o restante do mundo – devido às viagens aéreas.

Casos da gripe no Brasil

Em 2017, foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por H1N1, 244 casos e 30 óbitos por H3N2, 81 casos e 24 óbitos por influenza B, e 44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.

Em 2018, até 14 de abril, foram registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do total, 190 casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipada.

No estado do Rio

Registrou até o dia 14 de abril 18 óbitos por influenza, sendo 17 mortes pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e uma por H3N2. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até o dia 16 de abril foram 167 casos confirmados de problemas respiratórios, sendo quatro deles causados pelo vírus H1N1 e 13 provocados pelo vírus H3N2.

Causas

As primeiras formas do vírus H1N1 foram descobertas em porcos, mas as mutações conseguintes o tornaram uma ameaça também aos seres humanos. Como todo vírus considerado novo, para o qual não costumam existir métodos preventivos, o vírus mutante da gripe H1N1 espalhou-se rapidamente pelo mundo.

A transmissão ocorre da mesma forma que a gripe comum, ou seja, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma pessoa pode demorar de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas da doença. Da mesma forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de transmiti-lo a outras pessoas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Center for Diseases Control (CDC), o centro de controle de doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71ºC).

Fatores de risco

A gripe H1N1, como qualquer gripe, pode afetar pessoas de todas as idades, mas, no período em que houve a pandemia, notou-se que o vírus infectou mais pessoas entre os cinco e os 24 anos. Foram poucos os casos de gripe H1N1 relatados em pessoas acima dos 65 anos de idade.

 Os principais grupos de risco são:

*Gestantes;

*Trabalhadores da área da saúde;

*Povos indígenas;

*Pessoas com mais de 60 anos;

*População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional;

*Pessoas portadoras de doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas;

*Pessoas com diabetes;

*Pessoas com síndrome de Down;

*Pessoas com obesidade (grau III);

*Transplantados.

Os demais fatores de risco seguem a mesma linha daqueles enumerados para outros tipos de grupo:

  • Permanecer em locais fechados e com um aglomerado de pessoas;
  • Levar as mãos à boca ou ao nariz sem lavá-las antes;
  • Permanecer em contato próximo com uma pessoa doente.

Prevenção

A vacina estará disponível durante a campanha nas unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para as mulheres até 45 dias do parto, será solicitada comprovação da condição clínica. A meta é vacinar 90% dos grupos alvo recomendados da campanha, o que representa cerca de 1,4 milhão de pessoas. Em todo o estado são 4,5 milhões.

Não deixe de procurar a clinica da família mais próxima da sua casa, cuidar da sua saúde é cuidar de você.