Uma das maiores chacinas do estado de São Paulo completa hoje, 13 de agosto, cinco anos. O massacre que teve 17 pessoas mortas e 6 feridas terminou com a prisão dos ex-policiais militares Fabrício Eleutério, Thiago Henklain e Victor Cristilder, além do guarda-civil Sérgio Manhanhã, nas cidades de Osasco e Barueri, e foi motivado por vingança pela morte de um policial militar e de um guarda civil dias antes. Os quatro continuam presos.
Em Osasco, o massacre começou às 20h49, quando Jonas dos Santos Soares, de 33 anos e Igor Silva Oliveira, de 19, foram mortos no Bar do Tim, na Rua Astor Palamin. Às 20h50, Rodrigo Lima da Silva, de 16 anos, foi morto enquanto conversava com o dono da Bomboniere Sonho de Deus, na Rua Professor Sud Menucci. Um minuto depois, às 20h51, Eduardo Oliveira dos Santos, Fernando Luiz de Paula, Thiago Marcos Damas, Leandro Pereira Assunção, Antônio Neves Neto, Tiago Teixeira de Souza, Adalberto Brito da Costa e Manoel dos Santos, foram mortos no Bar do Juvenal, na Rua Antonio Benedito Ferreira.
Ali, outras duas pessoas foram feridas. Às 21h29, Rafael Nunes de Oliveira foi assassinado na Rua Moacir Sales D’Avila, na mesma rua, e outros três ficaram feridos. Na Rua Suzano esquina com Avenida Alberto Jackson Byington, às 21h33, Letícia Vieira Hillebrand da Silva, 15 anos foi morta e outros dois ficaram feridos. Às 21h55 se encerrou o massacre em Osasco com a morte de Deivison Lopes Ferreira, 26 anos, baleado a caminho da casa de um amigo na Rua Vitantonio D´Abril.
Em Barueri foram, ao todo, três mortes: às 21h57, Wilker Thiago Correa Osório, de 29 anos, assassinado na Rua Carlos Lacerda com 40 tiros. Às 22h51, Jailton Vieira da Silva, de 28 anos, e Joseval Amaral da Silva, de 37, foram mortos em um bar na Rua Irene.
Na época da chacina, era entendido que 19 pessoas haviam morrido em decorrência das ações dos ex-policiais e do guarda civil, porém a Secretaria de Segurança de São Paulo e a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa entenderam que dois homicídios não tinham relação com os outros 17 e, portanto, foram descartados.
Atualmente nenhuma das famílias recebeu indenização do estado pela morte de seus familiares e, como explicação a Procuradoria-Geral do Estado disse em nota que: “Os pedidos foram indeferidos, em julho de 2018, porque os elementos trazidos aos autos indicaram que os policiais agiram fora de horário de serviço, fora de suas funções e não se identificaram como agentes públicos”.
Todos os quatro condenados tiveram como sentença, somadas, mais de 500 anos de prisão, que foram anuladas pela metade em 2019 pelo Tribunal de Justiça. Além disso, o Tribunal mandou refazer os julgamentos de Victor Cristilder e Sérgio Manhanhã, ainda não remarcados.