Confesso que o Hip Hop tem um cantinho especial no meu coração,
por conta da minha infância. Meu irmão na década de 80, era campeão
de Break na Baixada Fluminense, com seu grupo The Break City.
Conheci um pouco sobre o movimento através dele e de seus amigos.
Quando se conhece a filosofia do Hip Hop, a verdadeira ideologia
como diz meu querido amigo Zulu TR, escritor e autor do livro Acorda
Hip Hop, você amplia a sua visão para além da musicalidade, da beleza
do grafite, da sedução da dança, você consegue ouvir, a voz dos guetos
e da periferia, e uma vez que passamos a entender o que o Hip Hop
e seus elementos representam, nunca mais olhamos apenas como
arte, pois vai além.
Foi assim que me senti , ouvindo e aprendendo com a galera do Rio das Pedras.
Uma das coisas que me deixou extremamente tocada foi algo que percebi por
acaso, e levantei a questão que nem eles tinham percebido ainda, o fato
de numa única roda de bate papo, ali estava um País e seus Estados representados pelo rap.
Mc Nwo Paraibano, MCS PA e Grilo Mineiros, Nei Piauiense, MC XproX Amazonense,
MCS Holp e Big Black Cariocas.
Histórias de vida, de superação através da arte, além das fronteiras
da Favela, unindo Estados do nosso Brasil num único encontro.