Ontem, 27 de agosto, foi dia dos profissionais que tanto contribuem para a saúde mental da população mundial: as/os psicólogas/os. Admiro muito essas/es trabalhadoras/es, sobretudo porque em tempos de pandemia, tiveram que trabalhar em dobro e muitas vezes em condições não tão favoráveis.
A saúde pública no Brasil há muitos anos vem sendo desmantelada, e no Rio de Janeiro esse processo está acelerado, seja no estado, seja no município. As/os psicólogas/os são profissionais que compõem a Estratégia de Saúde da Família, programa do Sistema Único da Saúde (SUS), porém, o número é insuficiente frente as demandas, que na pandemia aumentou muito.
Em geral os governantes e a população como um todo são bem resistentes aos tratamentos na área da saúde mental. As/os usuárias/os só procuram quando já estão adoecidos emocional e psicologicamente, pois como se trata de questões subjetivas, por vezes não entendemos o que se passa e esperamos a coisa ficar muito ruim para buscar ajuda.
Você que está lendo se pergunte: Como estou? Se a resposta for mais ou menos, procure uma/um psicóloga/o, ela/ele ajudará você a entender o que não está legal. E isso não lhe torna uma pessoa fraca, maluca, louca, apenas se está lhe dando a oportunidade de olhar para você com carinho, amor e mais, buscando responder a pergunta acima com: “Estou bem”.
Sabemos que a vida não é fácil, que não é um mar de rosas e que a tristeza faz parte dessa linda jornada de estar aqui, porém, estar sempre triste, preocupada/o, nervosa/o, estressada/o, ansiosa/o é um sinal do corpo dizendo: “olha para mim, preciso de cuidados”.
Pare um minuto e se pergunte como está. Após responder, ouça a sua resposta, coisa que quase não fazemos é nos ouvirmos. E a partir do que ouviu, se achar necessário, procure essa/e profissional, afinal, falar de nós mesmas/os não faz mal algum e nenhum psicóloga/o morde, ao contrário, eles nos auxiliam na cura de nossas feridas.