Hora de olhar para o céu

As enchentes nos fins e inícios de ano são frequentes no Rio. Créditos: reprodução da internet

Vimos nesta semana que as chuvas estão começando a chegar de maneira mais forte ao Rio de Janeiro. Características do início e fim de ano, especialmente do verão, as fortes pancadas viraram parte da nossa vida todo ano, e já nos acostumamos a sentir na pele os transtornos e reflexos das fortes pancadas na cidade, como problemas no trânsito e enchentes.

A temporada de deslizamentos também já começou, e é hora de ficarmos muito alertas. Por mais que o desastre no Morro da Boa Esperança, em Niterói, por exemplo, tenha sido causado por falha na estrutura geológica, as fortes chuvas no local tiveram participação decisiva para o ocorrido. E como tratamos de favelas e moradias nos morros, a preocupação é sempre maior. Afinal, muitos imóveis estão em situação irregular e propícios a serem “levados” pela água e terra. A situação fica ainda pior pela falta de apoio adequado das autoridades, como a Defesa Civil e os governantes.

Como não é novidade, no começo do ano, a cidade foi severamente atingida por chuvas acima do normal, que causaram alagamentos e falhas na rede elétrica, durando dias e até semanas. Inclusive, o autor desse texto teve sua casa alagada por duas vezes, mesmo morando em um bairro de características mais planas, mas com valões próximos. Pela igual falta de eficiência do sistema de esgoto, somos vítimas ainda mais fáceis.

Estando nós jogados a própria sorte e fé, torcemos para que as chuvas desse verão venham mais “tranquilas” e nos poupando de transtornos. É válido também pedir uma melhora geral de comportamento em relação ao descarte inadequado de lixo, que entope bueiros e facilita enchentes, além de um cuidado especial com quem mora em áreas de risco e precisa que alguém lhe informe o perigo da situação. Com eficiência nessa prevenção, podemos ter um fim de 2018, e início de 2019, mais tranquilos.