‘Iê Acarajé’: Websérie conta histórias das Baianas de Acarajé e suas tradições

O Acarajé, faz parte da identidade baiana, não da para pensar em Bahia e não citar o Acarajé- Crédito: Divulgação

 

Com o objetivo de homenagear a enriquecedora tradição das Baiana de Acarajé, a Casa MAR – hub baiano de cultura, influência e tecnologias criativas, vai apresentar na próxima terça-feira (25), um projeto singular, a websérie ‘Iê Acarajé’, contando a vida e os desafios de 5 mulheres protagonistas nas suas comunidades, a sua relação com a religião, o trabalho e a família. A exibição será transmitida pelo Instagram ( casamar)

O Acarajé, faz parte da identidade baiana, não da para pensar em Bahia e não citar o Acarajé. E além de prato simbólico, ele é a comida de um orixá, uma oferenda feita para Iansã, no terreiro de candomblé. Ele é uma das mais importantes contribuições africanas à identidade do Brasil, transparecendo a cultura afro-brasileira, ancestral e matriarcal.

Um dos maiores patrimônio Cultural do Brasil, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional “(IPHAN), o ‘Ofício da Baiana do Acarajé’ é sem dúvida um dos grandes legados da cultura do povo preto, que anualmente celebra em 25 de novembro, fazendo reverência a transcendência gastronômica, cultural e histórica, não só da Bahia, mas de todo o país.

A Websérie terá as baianas Ubaldina, Dinha, Elaine, família Miranda, Taty e Marluce contando suas relações com religiosidade, família e ofício. O roteiro conta com a direção de Mariana Jaspe, a direção de fotografia, ficou por conta de Lucas Raion, além de ter uma trilha sonora da Duo B.A.V.I e produção de Gordo Calasans.

Crédito: Divulgação

A produção está dividida em quatro episódios e neles, os seguidores poderão assistir por diferentes óticas como essas quatro mulheres se descobriram nessa profissão tão significativa: herança familiar, acordos coletivos, oportunidade de empreender e contato com a religiosidade.

“‘lê Acarajé’ é a união de duas paixões: acarajé – não à toa tenho a palavra dendê tatuada no braço, e a possibilidade de encontrar grandes personagens e dialogar com eles. Por isso, o mais interessante desse processo foi a troca com essas mulheres, ouvi-las sobre suas trajetórias, vivências, dores e delícias de suas vidas e perceber como ser baiana é fundamento para elas serem quem são.” conta Mariana Jaspe, diretora e roteirista.

 

O nome “Iê Acarajé” é uma referência à primeira metade do século XX, quando, segundo o ex-diretor do Centro de estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, Ubiratan Castro, as famílias aguardavam, às 19h, as mulheres do acarajé passarem em uma espécie de cerimônia, anunciando a venda de ‘Iê Acarajé, Iê Abará!’.

A expectativa é alta e o objetivo, melhor ainda, conhecer de perto a vida dessas baianas e suas histórias, conhecer e entender como essas guerreiras que trabalham diariamente nas ruas, alimentando o povo estão lidando com o momento atual, onde o distanciamento social é importante. Elas vão mostrar de forma individual, como cada uma representa todo o coletivo.

Assista ao teaser da websérie ‘Iê Acarajé’, acesse: https://we.tl/t-qLpJAimjYh

FICHA TÉCNICA

Iê acarajé: Episódio 01 – Ubaldina, Dinha, Elaine; Episódio 02 – Família Miranda; Episódio 03 – Taty; Episódio 04 – Marluce.

Roteiro e direção – Mariana Jaspe; Roteiro – Filipe Volz; Direção de fotografia – Lucas Raion; Montagem – Yasmin Reis e Mariana Jaspe; Trilha sonora – Duo B.A.V.I.; Produção – Gordo Calasans; Assistente de produção – Jonaire Mendonça; Pesquisa – Vagner Rocha; Som direto – Gabriela Palha e Pedro Garcia; Assistente de fotografia – Ema Ribeiro.

SOBRE MARIANA JASPE

Soteropolitana, atualmente autora da Globo, já percorreu por Recife, Londres, Madri, Luanda, hoje vive entre Rio de Janeiro e São Paulo. É diretora e roteirista e carrega no currículo, participação em projetos audiovisuais, como: adaptação do livro Um Defeito de Cor para a TV; é co-roteirista do longa-metragem NEUROS, dirigiu o curta-metragem CARNE, selecionado para mais de 35 festivais nacionais e internacionais.

No teatro, ela é co-autora da peça infantil Ombela: a Origem das Chuvas, inspirada no livro homônimo de Ondjaki e autora do espetáculo TRINTA E DOIS, encenada no encerramento do projeto Todos Contra o Tráfico de Pessoas, da ONU, e cujo livro foi lançado em agosto de 2020.

Mariana também é professora de roteiro e direção do Curso de Formação Empoderamento e Cinema: Jovens Negras no Audiovisual, do Cinema Nosso, no Rio de Janeiro.

A Casa MAR

A Casa Mar é um hub de cultura, influência e tecnologias criativas que tem como principais objetivos potencializar criatives – com foco em pluralidade e protagonismo negro e LGBTQIA+, sendo um espaço de conexão entre realizadores, público, marcas e oportunidades de negócio.

A partir de seleções, criatives de diferentes áreas passarão por um processo de incubação na Casa Mar e por formações interdisciplinares, com o objetivo de alavancar seus projetos e potencializar os seus negócios.

Em seu primeiro andar, abriga uma galeria para exposições de artes plásticas e fotografias; no segundo andar fica o espaço multiuso e palco para artes plásticas, teatro, dança, cinema, gastronomia e música; o terceiro andar é apresentado por um estúdio de produção musical, dirigido pelo DJ e produtor baiano UBUNTU.

Já no térreo, fica um estúdio de podcast perfeitamente equipado.

A estrutura da CASA MAR foi feita para receber festivais de música e cinema, estreias de teatro, espetáculos de dança e festivais de gastronomia. O espaço conta com todo suporte para que esses eventos atinjam os mais diversos públicos.

Gostou da matéria?

Contribuindo na nossa campanha da Benfeitoria você recebe nosso jornal mensalmente em casa e apoia no desenvolvimento dos projetos da ANF.

Basta clicar no link para saber as instruções: Benfeitoria Agência de Notícias das Favelas

Conheça nossas redes sociais:

Instagram: https://www.instagram.com/agenciadenoticiasdasfavelas/
Facebook: https://www.facebook.com/agenciadenoticiasdasfavelas
Twitter: https://twitter.com/noticiasfavelas