A maneira irresponsável, suspeita e autoritária como a qual senhor Sérgio Cabral Filho conduz o seu governo mostra que só há uma solução para salvar o Estado do Rio: o impeacheament do governador. O autoritarismo tornou-se claro nos últimos meses. Além de criminalizar bombeiros que lutavam democraticamente por melhorias, a brutalidade, o desreispeito e humilhação com a qual trata os professores do Estado mostram que este senhor não possui envergadura moral para exercer um cargo tão importante. Após ameaçar, por meio de um secretário cujo nome é insignificante demais para ser mencionado aqui, entre outras coisas, cortar o ponto dos professores em greve, contratar mais professores para cobrir aulas de grevistas, plantar notinha na imprensa dizendo que só 1% dos professores está em greve, Cabral oferece a sua “solução” para o problema: míseros 3,5% de aumento.
A desculpa é a mesma de sempre: “não há dinheiro em caixa”, “temos que respeitar a previsão orçamentária”, “temos que buscar o equilíbrio das contas públicas”. A desculpa é, no mínimo, esfarrapada. Muito mais do que esfarrapada. Atenta contra a inteligência do povo. A certeza da impunidade talvez venha do reconhecimento de que, com o segundo pior índice educacional do país, a população, mantida propositalmente na ignorância, jamais perceberá estes fatos. Mas uma simples pesquisa nos jornais e na internet mostra a qualquer um a verdadeira face do governo de Sérgio Cabral Filho.
Por exemplo, apesar de alegar que não pode dar um aumento digno aos professores, que ganham o segundo pior salário do país, o governo gasta somas exorbitantes com contratos de terceirizados na própria Secrataria de Educação. Veja a reportagem de Matheus Vieira para o jornal EXTRA:
Ora, como vemos, há dinheiro em caixa! Mas não para professores, apenas para gastos que beneficiam empresários e os ocupantes de cargos por indicação. A farra com dinheiro público assumiu uma dimensão tão grande que o TCU passou a investigar várias ações do governo. Veja, por exemplo, a reportagem de Fábio Vasconcellos e Natanael Damasceno para o jornal O GLOBO, que denuncia que as UPAs feitas de lata custam mais caro que as de alvenaria:
Em outra matéria para o jornal EXTRA, Fábio Vasconcellos denuncia mais um escândalo, uma verdadeira farra com o dinheiro público. O governador Sérgio Cabral fez um contrato de manutenção dos carros da Polícia Militar que dariam para triplicar a frota! O caso está sendo investigado pelo Ministério Público:
Aliás, a empresa contratada, Júlio Simões Logistica SA, cujos donos devem estar rindo de orelha a orelha, figura como acionista majoritário da CS Brasil, possuindo 99,4% das ações da empresa. Ora, esta empresa, a CS Brasil, curiosamente venceu o pregão eletrônico e também vai fornecer os novos veículos para a frota da PM do Rio:
A corrupção não pára! Ontem, dia 9 de Agosto, o Jornal Nacional apresentou uma reportagem bombástica acerca do desvio de verbas destinadas à reconstrução da região serrana. Dos R$ 77 milhões gastos sem comprovação ou prestação de contas, pelo menos R$ 55 milhões são de responsabilidade da Secretaria Estadual de Obras, comandada pelo vice-governador Pezão. Veja a reportagem no link abaixo:
Quando estas relações suspeitas do governador Cabral com empresários começaram a ser divulgadas, todo um esquema de blindagem passou a ser acionado. Em primeiro lugar, na superfície, Cabral decidiu aumentar em 35% os seus gastos com publicidade. Veja a reportagem do Estadão:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,cabral-aumenta-gasto-com-publicidade-em-35,752702,0.htm
Nos subterrâneos e nos bastidores, no entanto, as manobras de Cabral Filho para esconder a corrupção de seu governo continuam. Como é de conhecimento de muitas pessoas que as viagens de Cabral Filho, em especial para Miami e Paris, são patrocinadas por empresários, que chegam inclusive a emprestar jatinhos, os aliados políticos de Cabral Filho fazem de tudo para sonegar informações ao povo! Na última semana, a vice-presidente da Câmara dos Deputados, Rose Freitas (PMDB-ES), se negou a encaminhar um pedido do deputado Anthony Garotinho para que a ANAC divulgue informações sobre as viagens de Cabral.
Tudo o que foi colocado acima foi divulgado pela imprensa e está disponível para qualquer cidadão. Imagine o que não foi divulgado, o que está escondido à preço de ouro. Mas apenas o que já se sabe justifica não apenas a abertura imediata de uma CPI do Governo Estadual, mas o próprio impeachment Sérgio Cabral Filho, sem dúvida um dos mais corruptos governadores do Estado do Rio desde o fim da ditadura.