Hoje, 2 de Julho, feriado na Bahia, dia que celebra o fim das batalhas que resultou na expulsão dos portugueses do território baiano, naquela data, no ano de 1823. Neste ano, o tema da celebração “2 de Julho: Povo Independente” reafirma não apenas a importância histórica deste dia, mas também a vitalidade de uma cultura que continua a inspirar e influenciar não só o Brasil, mas o mundo todo. O desfile cívico assume a forma de uma procissão, iniciando no Largo da Lapinha com queima de fogos, execução do Hino Nacional e hasteamento da bandeira. 

As lutas persistiram por meses, chegando até Salvador, onde foi travada a batalha final, em de 2 de julho de 1823 – mesmo depois do 7 de setembro de 1822, conhecido como Dia da Independência do Brasil. Com a vitória do povo baiano, foi marcada, de forma definitiva a expulsão da Coroa Portuguesa do Brasil, 201 anos atrás.

Duas figuras centrais, o caboclo e a cabocla, são carregadas em andores adornados com folhas verdes e amarelas, recebendo homenagens diversas. A festa da Independência da Bahia é um espaço de inclusão e diversidade, aberto aos sambas que foram perseguidos no século 19, às expressões das populações religiosas afro-brasileiras que vestem suas indumentárias em honra aos seus ancestrais indígenas, e à participação de grupos indígenas da Bahia, vindos da Ilha de Itaparica, assim como dos sertanejos trajando suas vestes tradicionais de couro. 

Em 25 de junho de 1822, a população local concordou em proclamar Dom Pedro de Alcântara como regente constitucional e defensor perpétuo do Brasil. Os cachoeiranos defendiam a formação de um governo composto por brasileiros, o que não foi aceito pelos lusitanos, que buscavam a manutenção da dominação colonial.

A partir disso, houve a primeira batalha entre os grupos e após três dias, em 28 de junho, os baianos tomaram uma embarcação portuguesa atracada às margens do Rio Paraguaçu.

Programação

  • 8h10 – Colocação de flores no monumento ao General Labatut, realizada pelas autoridades presentes, seguid pela entrega dos carros emblemáticos dos caboclos e a execução do Hino ao 2 de Julho, também pela banda de música da Marinha;
  • 9h – Início do Desfile Cívico com participação dos Caboclos de Itaparica, Museu Vivo na Cidade, fanfarras municipais, estaduais e da Região Metropolitana de Salvador, grupos populares e realização do Concurso de Fachadas decoradas no percurso centre o Largo da Lapinha e o Terreiro de Jesus; homenagem aos Heróis da Independência, da Ordem Terceira do Carmo e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
  • 13h30 – Início do cortejo da Avenida Sete de Setembro, com uma breve parada em frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB);
  • 14h – Concurso de Fanfarras e Balizas, na Avenida Sete;
  • 15h – Cerimônia cívica no 2º Distrito Naval;
  • 16h – Cerimônia no Largo do Campo Grande, seguida da chegada dos carros dos caboclos, hasteamento das bandeiras por autoridades, execução do Hino Nacional pelas bandas de música da Marinha, Exército e Aeronáutica, deposição de coroas de flores no Monumento ao 2 de Julho pelas autoridades presentes, com o posterior acendimento da Pira do Fogo Simbólico por um atleta a ser escolhido; ao final acontece a execução do Hino ao 2 de Julho pelo Coral da PM-BA, com acompanhamento da Banda de Música Wanderley, da Polícia Militar.