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A Universidade Federal do Rio de Janeiro se instala pela segunda vez em uma favela, trazendo os melhores professores para trocar saberes e experiências com artistas, ativistas e produtores culturais da periferia.

As inscrições para ingressar na Universidade das Quebradas na Rocinha, terminam amanhã. Está marcada para o dia 7 de março, a aula inaugural da Universidade das Quebradas em seu segundo posto itinerante, no C4/Biblioteca Parque da Rocinha.

Desde 2009, o curso de extensão Universidade das Quebradas é parte do Programa Itinerante de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ, coordenado por Heloisa Buarque de Hollanda. O que diferencia esse projeto de tantos outros oferecidos a produtores culturais de periferia é que ele não se limita a capacitação, mas investe na troca e na mistura de saberes entre a comunidade que está produzindo cultura fora das universidades e a comunidade acadêmica para criar novas formas de conhecimento e novas expressões artísticas.

O projeto Universidade das Quebradas é promovido pelo PROGRAMA AVANÇADO DE CULTURA CONTEMPORÂNEA – PACC, órgão vinculado à Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e conta com o patrocínio da Petrobras através da lei de incentivo à cultura da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, a parceria da Fundação Roberto Marinho, que oferece a oficina de Linguagem e Expressão para os alunos do curso, e apoio da FAPERJ e CNPQ.

Os participantes do curso são rigorosamente selecionados entre os melhores produtores, artistas, escritores e ativistas da periferia. Os professores também são escolhidos entre aqueles que, além de grandes profissionais, estão dispostos à novas experimentações acadêmicas.

O projeto matriz vem se desenvolvendo desde 2009 na Casa do Estudante Universitário (CEU) da UFRJ. Diante do impacto que esse programa teve tanto na academia quanto nas periferias, foi criado em 2011 o Polo Itinerante, que acontece há dois anos nas Bibliotecas Parque da Secretaria de Estado de Cultura.

O curso é gratuito e prevê aulas, seminários, palestras, oficinas e laboratórios semanais ministrados por professores e pesquisadores da UFRJ e de outras instituições acadêmicas. O programa cobre os momentos decisivos da formação cultural a partir de dois grandes eixos: Antiguidade e Modernidade. O curso oferecido na CEU tem duração de um ano e o curso do pólo Itinerante tem seis meses de duração. O projeto, incluindo as duas unidades, contempla um total de 100 participantes por edição, além do público potencial do site.

Em 2013, o polo itinerante será oferecido no C4/Biblioteca Parque da Rocinha, de março à junho, atendendo não somente à população da Rocinha, mas também de outras comunidades da cidade e focado nas áreas do pensamento, da literatura e das artes afins um foco maior a versão compacta do programa da matriz.

C4/Biblioteca Parque da Rocinha

Inaugurada em junho de 2012, a Biblioteca Parque da Rocinha integra uma rede, que a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro vem implementando, inspirada nas bem-sucedidas experiências de Medelín e Bogotá, na Colômbia. A Biblioteca Parque é um espaço cultural e de convivência, que oferece à população ampla acessibilidade, com qualidade física, humana e de serviços. Na Rocinha, o C4/BPR recebeu um público de 45.000 pessoas em 6 meses de trabalho.

Baseada no conceito de que bibliotecas não devem ser somente espaços silenciosos, mas lugares que se aproximem de centros culturais, com ampla acessibilidade, em seus 1,6 mil metros quadrados a Biblioteca Parque da Rocinha promove atividades culturais e de promoção de leitura nos mais diversos suportes, visando estimular a produção, a fruição e a difusão das produções artísticas e, especialmente, a viabilização do acesso à cultura.

Para obter maiores informações sobre o projeto, acesse o site:

www.universidadesdasquebradas.pacc.ufrj.br