O Instituto de pesquisa Data ANF lançou no dia 16 os resultados da pesquisa realizada que mapeia o cenário atual de cultura nas periferias e o impacto da pandemia no setor. Dados revelam que 90 porcento dos fazedores de cultura atuam de maneira informal, seja de forma independente ou vinculado a algum grupo ou coletivo não formalizado.
Outra informação ilustra o perfil do público-alvo prioritário das iniciativas e ações realizadas: jovens, chegando a quase 90% do foco de atenção. Por fim, para esse primeiro spoiler, sessenta porcento dos participantes demonstra não ter recebido qualquer investimento público direto em seus projetos, ações ou iniciativas artísticas e culturais.
Participaram da pesquisa 339 pessoas de 128 localidades nas periferias da cidade do Rio de Janeiro.
Mais de 65% não conseguiu atuar em projeto ou ser contemplado de maneira individual nos editais decorrentes da Lei Federal Aldir Blanc. 50% dos agentes culturais não conseguiu gerar qualquer renda decorrente da sua atuação no campo da cultura.
Quase 40% não teve acesso a qualquer auxílio emergencial (seja o geral ou o específico para os agentes culturais) por parte dos poderes públicos.
O RJTV divulgou hoje (17/04) uma reportagem sobre a pesquisa da ANF e os impactos da pandemia no setor cultural do Rio de Janeiro. Alguns participantes da “Mostra: Cultura na Periferia, Como Vamos?” foram entrevistados e comentaram, sobretudo, a respeito da internet como alternativa de se reinventar e continuar resistindo na arte.
Ainda sobre isso, a diretora de pesquisa do Instituto Data ANF, Carmen Valdez, ressaltou que para que seja possível a continuidade da atuação da classe artística dentro desses novos moldes, a necessidade do acesso material aos equipamentos é indispensável.
Para assistir a reportagem completa:
https://globoplay.globo.com/v/9445495/
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