Cultura, arte e educação. A falta de apoio desses três pilares sociais fez grupos se juntarem e criarem encontros para discutir e articular ações para enfrentar os desafios do atual cenário político-social. Denominado “IntervenSomos – Arte Cultura Educação para reinventar a cidade”, esses encontros foram criados após a notícia da Intervenção Federal do Rio de Janeiro.
No primeiro encontro, realizado no dia 27 de fevereiro, no Teatro de Anônimo, dentro da Fundição Progresso, Centro do Rio, foram discutidos dois eixos temáticos. O primeiro, articular uma rede de trabalhadores da cultura com forte atuação social para pressionar, através de ocupações culturais do espaço público, as esferas de poder municipal, estadual e federal, que, segundo a avaliação predominante, estão realizando um imenso desmonte das políticas públicas de cultura. Outro eixo foi construir, coletivamente, um plano de longa duração (10 anos) que garanta uma intervenção cultural-artistica-educacional com escala, abrangência territorial e financiamento, colocando, finalmente, a cultura no eixo da reinvenção urbana, gerando oportunidades e espaço de expressão e trabalho para a juventude popular da cidade.
O quarto encontro IntervenSomos, aconteceu no dia 27 de março. No texto do evento já deixava claro o cenário atual da falta de percepção, por parte de governantes, de que os três pilares inicialmente citados são importantes para a construção de uma cidade, país e mundo mais justos. “Trump quer armar professores. Pezão está perdido e quase todo seu time está preso. Temer com o governo falido, incapaz sequer de entregar o que o Gran Pato quer, convoca o velho e fracassado show de horrores para as periferias. Crivella atribuindo dilúvio aos pecados do Carnaval, enquanto achata a cultura e não dialoga com ninguém”, dizia o texto.
Os grupos da cultura, arte e educação apostam nos encontros para a mudança desse cenário. Ainda segundo o texto, o encontro desses construtores da cidadania pode gerar força, pensamento e planejamento capaz de mudar o estado das coisas.
Os encontros são sempre abertos e todos são bem-vindos para agregar ideias e reagir contra a opressão daquilo que sustenta a sociedade.