Evento sobre o telejornalismo na atualidade - Salvador-Bahia

Aconteceu na capital baiana, na noite da última quarta-feira (14), no auditório Baker da Faculdade 2 de Julho, o evento intitulado “Jornalismo Baiano na Atualidade”, promovido pelos cursos de Comunicação da faculdade. Estiveram presentes os jornalistas: Jefferson Beltrão, Pâmela Lucciola, Camila Marinho e Jéssica Senra.

Crédito: Ubiraci Santos. Evento sobre o telejornalismo na atualidade

Também participaram: estudantes, professores, profissionais, agentes comunitários de comunicação e público em geral a partir de inscrição prévia.

O debate foi mediado pelo jornalista, Jefferson Beltrão que fez os seguintes questionamentos para as jornalistas – palestrantes:

Qual o tipo de telejornalismo está caminhando em curto prazo?

Que tipo de TV estará fazendo daqui a alguns anos?

Qual o papel do jornalista frente aos “fake news” (notícias falsas)?

Qual a contribuição dos profissionais da comunicação para a sociedade?

“Voz bonita não é mais requisito para ser comunicador”. Expressou Jefferson Beltrão.

“A TV deve ser completa e com linguagem simples, isto porque, há concorrência com as novas tecnologias, portanto, o telejornalismo necessita se reinventar por razão de o telespectador ter interesse em participar da programação e protagonista da notícia.

Não existe forma definida para TV, contudo, a emissora precisa ser popular, sem perder a qualidade da informação a ser disseminada. Tudo indica que o caminho do telejornalismo é a experimentação, uma vez que, o telejornalismo ainda é forte em relação às mídias sociais.

O telejornalismo deve servir a população, defender os seus direitos, prestar os serviços essenciais e aproximar-se cada vez mais da comunidade”. Exposição da jornalista Camila Marinho.

“Percebe-se que o telespectador assiste TV e quer saber mais, logo recorre às mídias sociais. Neste contexto, foi realizada uma pesquisa sobre o que a mulher gostaria de assistir na TV aberta. A pesquisa revelou a questão social da violência contra a mulher.

Diante disso, em maio de 2018, estreou o programa “Band Mulher”, para discutir assuntos variados entre eles o combate à violência contra a mulher. Ainda porque, as emissoras de TV precisam desenvolver o papel educativo. O Band Mulher vai ao ar depois do programa de futebol, estrategicamente foi pensado para atingir também, o público masculino”. Exposição da jornalista Pâmela Lucciola.

“A TV tem a força bem maior do que as mídias sociais, ainda é quem forma opinião. O que se fala na emissora de TV repercute na internet, contudo, o grande desafio é de organizar as informações e divulgar de maneira correta.

O telejornalismo deve garantir a participação popular, visto que, a internet tem agilidade no processo de disseminação da notícia. Por exemplo, quando se fala de um problema envolvendo o poder público local, ainda no ar, assessoria envia mensagem, sendo possível responder ao vivo no programa.

A TV é uma ferramenta de transformação social e o conteúdo deve ser produzido para todas as classes sociais (A, B, C, D e E). Ou seja, a TV cada vez está com “cara” do público. Embora seja proibida, usam-se gírias quando necessário. Espirrar, risos, esquecer o nome do entrevistado (cadê aquele moço que estava falando?) pronúncia errada de algumas palavras etc., são erros que acontecem, somos pessoas reais, depois pede desculpas aos telespectadores.

Cuidado com a forma de divulgar o fato, o sujeito social noticiado não é um produto. A TV deve ser ética, respeitosa e responsável. O telejornalismo não deveria explorar o momento de dor de alguém para garantir audiência.

O ideal que telespectador não assistisse, por ser uma prática de jornalismo não ético, entretanto, é sabido que a exposição do sofrimento de alguém é uma das situações que sempre dará audiência, principalmente para aquela pessoa que não estiver procurando por notícia, tende a ser conquistada pelo sensacionalismo exibido na TV”. Exposição da jornalista Jéssica Senra.

Vale lembrar que a Faculdade 2 de Julho, em maio deste, realizou uma palestra sobre “O Negro no Jornalismo Soteropolitano”, com os jornalistas Tiago Reis, Tarcilla Alvarindo e Wanderson Nascimento. Mais informações acesse o Portal:

https://f2j.edu.br/alunos-de-jornalismo-da-f2j-realizam-palestra-sobre-o-negro-no-jornalismo/