O Jornalismo em Luto

O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu após a queda do helicóptero na tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos, em São Paulo, e o piloto da Aeronave, Ronaldo Quantrucci também. O jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.O acidente ocorreu perto do Rodoanel. Segundo PM, piloto tentou pousar na pista e motorista do caminhão não conseguiu frear e acabou colidindo com a aeronave.

Sua história:

Filho do diplomata, Dalton Boechat, que foi assessor da Petrobras, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires, na Argentina. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.

Boechat era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV).Começou a trabalhar assim que deixou a escola, na virada de 1969 para 1970, após um período de militância em que fez parte do quadro de base do Partido Comunista em Niterói (RJ).

Um de seus primeiros textos foi uma nota exclusiva sobre Pelé, que lhe garantiu mais espaço no jornal.Depois, Boechat passou a escrever na coluna de Ibrahim Sued (1924-1995), no mesmo “Diário de Notícias”. Ele considerava o período de 14 anos em que trabalhou com Sued como decisivo para sua “formação como repórter”.

A colaboração acabou em 1983, após uma briga com Sued. Boechat entrou, então, na equipe de “O Globo”, para fazer parte da coluna do “Swann”, que passou a chefiar em 1985.

Em 1986 e 1988, esteve na sucursal carioca do jornal “O Estado de S. Paulo”, com uma interrupção de seis meses em 1987, quando assumiu a Secretaria de Comunicação do Estado, no Rio de Janeiro, a convite de Moreira Franco, então governador.

Também passou rapidamente pelo “Jornal do Brasil”.

Finalmente, voltou para “O Globo”, na mesma “Coluna do Swann”, onde permaneceu, com breves interrupções, até 1997. No mesmo ano, ganhou uma coluna que passou a assinar com o próprio nome.

Quando chegou ao “Bom Dia Brasil”, na década de 1990, dividiu bancada com Renato Machado e Neubarth. Em 2006, começou a ancorar o “Jornal da Band”.