De 24 a 29 de novembro, o educador popular e comunicador Jota Marques, morador da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e a educadora popular e ativista Luciana Viegas, de São Paulo, estarão em Genebra, Suíça, participando da 17ª Sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Questões Minoritárias. O evento, com o tema “Representação de Minórias e Autorrepresentação em Espaços e Discursos Públicos”, reunirá lideranças globais para debater a inclusão de minorias nacionais, étnicas, religiosas e linguísticas nos espaços públicos e culturais.
Jota Marques, reconhecido como uma das 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia, atua há quase 20 anos na educação, comunicação e impacto social, com forte atuação em territórios populares. Atualmente, é assessor da diretoria de conteúdo e programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e fundador do movimento Vidas Negras com Deficiência Importam (VNDI), que promove uma sociedade antirracista e anticapacitista.
Luciana Viegas, mulher preta, autista e educadora popular inclusiva, é Conselheira da UNESCO-SOST Transcriativa e diretora executiva do Instituto Vidas Negras com Deficiência Importam. Reconhecida internacionalmente, foi eleita para a D-30 Disability Impact List pela Diversability em 2022 e faz parte da corte 2024 do Ford Global Fellowship, programa que apoia lideranças globais comprometidas com transformação social.
Ambos foram convidados pelo Minority Rights Group International (MRG) e terão participações marcantes no fórum. Jota Marques fará uma intervenção oral no evento e participará de um treinamento para ativistas, além de um painel paralelo promovido pelo MRG.
“Participar deste fórum em Genebra representa mais do que uma conquista pessoal, é um compromisso com a urgência das questões que enfrentamos nas periferias. Levo ao palco global as realidades de lugares como a Cidade de Deus, que têm sido historicamente marginalizados, mas que carregam uma potência única para enriquecer os debates sobre uma sociedade mais justa e inclusiva”, destaca.
Luciana reforça a importância do evento como um espaço para conectar experiências locais com debates globais.
“Esta é uma chance de mostrar como as vivências de pessoas negras com deficiência podem contribuir para a transformação social e para a construção de um futuro mais equitativo“, conta.
A participação de Jota e Luciana transcende realizações individuais, representando o Brasil em um compromisso coletivo de colocar em evidência pautas urgentes de inclusão e direitos humanos no cenário internacional.
Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site oficial da ONU: Fórum sobre Questões Minoritárias.
