“O sonho dele era ser policial. Fazia curso preparatório e queria se tornar um policial fosse militar, civil ou federal. Colocaram drogas, armas com ele. Ele não tinha arma, não tem vestígio de pólvora.”, acusou um parente de Vitor Santos Ferreira Jesus, 25 anos, que não se identificou. Vitor foi morto no último domingo, 27, próximo da casa onde morava em Campinas de Pirajá, subúrbio de Salvador, quando voltava do trabalho. Num pequeno mercado, parou para falar com alguns amigos. Segundo a Polícia Militar, homens que estavam no local trocaram tiros com policiais e Vitor foi baleado. Levado ao Hospital do Subúrbio, não resistiu. Ainda de acordo com a PM, foram encontradas uma arma e drogas com o jovem.
Familiares e amigos de Vitor negam a versão da polícia, ele era filho único, casado, e dividia o tempo entre o estudo e o trabalho. De acordo com depoimentos, quando percebeu a movimentação “Vitor saiu andando e levou um tiro na perna e outros no abdômen e no peito”,
Foto feita por um morador mostra parte da ação policial, com Vitor no chão e um policial ao seu lado. O enterro de Vitor foi nesta terça-feira, 28, no cemitério Quinta dos Lázaros. A família não fez o registro do caso na Corregedoria da Polícia Militar, porque tem medo de represálias.