As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Complexo do Alemão chegam a um dos mais esperados momentos: o teleférico. Até agora tudo estava restrito à demolição das casas, abertura de acessos e à fundação das cinco estações que serão construídas na comunidade. A partir de outubro, com a chegada de uma das 152 gôndolas que funcionarão no local, haverá uma capacitação de jovens, nas escolas da região, para que eles possam atuar nas estações, ajudando os moradores na utilização do meio de transporte.

A gôndola-escola vai circular por todo o complexo, com demonstração da melhor forma de utilização do teleférico para os moradores. Os ensinamentos serão repassados por 60 jovens em situação de risco, do projeto Protejo, do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), também moradores da comunidade. Esses jovens, depois que o teleférico entrar em operação, irão trabalhar como guias nas estações. A previsão é de que o teleférico esteja concluído e iniciando as operações de teste em abril, ficando seis meses em operação até ser aberto à comunidade.

O vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, gostou também de um projeto apresentado pelo artista plástico Valmir Vale, de identificação artística, através de mosaico, de casas e ruas. O projeto, que motivo os jovens e resgata a autoestima dos moradores, será levado para todas as comunidades do PAC, a começar pelas estações do teleférico do Complexo do Alemão.

– Esse é um projeto de extrema importância por resgatar a autoestima dos moradores, através de um trabalho artístico fantástico, e ensinar aos jovens técnicas que poderão ser aprofundadas no futuro. O Alemão será a primeira comunidade do PAC a receber esse trabalho, que se estenderá a todas as comunidades onde estamos fazendo intervenções – frisou Pezão.

As seis estações do teleférico terão painéis temáticos, feitos em mosaico por jovens moradores do local. Os meninos serão capacitados por Vale, morador de Vigário Geral, que começou o trabalho naquela comunidade. Fã de Gaudi, o artista passou alguns anos na Espanha, estudando a técnica do mosaico para envolver os jovens de comunidades carentes com a arte. Recentemente voltou a Vigário Geral e ensinou a arte do mosaico a jovens, que fizeram a identificação de 100 casas, colocando nomes dos moradores e números nas fachadas.

Na década de 90, Valmir Vale ficou conhecido ao fazer uma escultura com 12 mil cápsulas de revólver. Segundo o artista, a obra encontra-se no Museu do Senado. Vale ressalta que a identificação artística de casas e ruas estimula os moradores a melhorarem a fachada de suas moradias.

 

Fonte: Secretaria de Obras do Estado