A lei estadual que proíbe sacolas plásticas entrou em vigor no Rio de Janeiro nesta quarta feira (26). A norma obriga os supermercados a substituírem as sacolas brancas, feitas com 100% de produtos derivados do petróleo, por dois novos modelos de sacolas, sendo estas fabricadas com 51% de fontes renováveis, como a cana de açúcar. A determinação começa valendo para as grandes empresas de mercados, as pequenas e micro empresas terão até o fim desse ano para se adaptar.
Como forma de contribuir para a campanha de conscientização, a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) lançou a campanha “Desplastifique Já”, com o objetivo conscientizar os consumidores sobre o impacto das sacolas descartáveis no meio ambiente e incentivar o uso das sacolas reutilizáveis.
Além disso, de acordo com um projeto de lei aprovado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), a associação concordou em distribuir as duas primeiras sacolas de forma gratuita aos clientes durante o período de seis meses. Caso o consumidor queira mais do que as duas sacolas fornecidas gratuitamente deverá pagar de R$ 0,05 até R$ 0,08 por elas.
Serão confeccionadas sacolas na cor verde, para resíduos recicláveis e cinza, para outros detritos, facilitando a identificação no momento da coleta de lixo. Segundo, Fábio Queiroz, presidente da Asserj, serão feitas com resistência de 4kg, 7kg ou 10kg e suportarão de 20 a 50 idas ao supermercado.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 1,5 milhão de sacolas são distribuídas por hora no Brasil. O fim das sacolas descartáveis exigirá mudança de hábito por parte dos cidadãos, o que não será fácil, porém será necessário considerando que um estudo feito pela “American Chemical Society” estima que cada ser humano, em média, digira cerca de 50 mil partículas de microplástico por ano, além de que milhares de tartarugas morrem ao confundir sacolas plásticas com águas-vivas. Como outras alternativas os consumidores poderão optar por sacolas de ráfia, ecobags, caixas de papelão ou até carrinhos de feira no momento das compras.