Livro de brasileira é vendido no Canadá e Reino Unido

Créditos - Divulgação

“Gabyanna Negra e Gorda” aborda temas atuais inerentes a mulher negra, como racismo, feminismo e solidão de forma forte e dinâmica.”

Inteligente, jovem, bonita, bem-sucedida, divertida, são alguns dos adjetivos que vêm a mente de quem conhece Gabriela Rocha. Em 2016, morando no Rio de Janeiro há 13 anos, essa brasiliense aprendeu a traçar como ninguém, temas tão recorrentes de mulheres negras brasileiras, no livro “Gabyanna Negra e Gorda”. Entre as vivências no Rio de Janeiro e tantos adjetivos não impediram de entrar para as cruéis estatísticas que assombram mulheres negras no Brasil.

O livro, tem se tornado referência para mulheres negras de diversas partes do Brasil e do mundo, que o compram através de plataformas digitais como Amazon ou em livrarias físicas. O livro tem conquistado vendas em países como Canadá e Reino Unido.

Preterida por homens negros, que só queriam sexo, Gabriela começou a escrever textos e gravar áudios como forma de entender e documentar seus sentimentos. Quando se mudou para Oslo, capital da Noruega, em 2016, em meio a um inverno intenso, resgatou suas memórias e começou a estruturar o que seria o livro, que fará turnê pelo Brasil em julho, começando por São Paulo, no dia 21 de julho, na Livraria Africanidades.

O que a escritora sofreu na pele, não é um caso isolado, segundo o IBGE, cerca de 52% das mulheres negras não vivem uma união estável. Esse panorama, é um cruel retrato do que milhões de mulheres pretas vivem, preteridas por homens negros. “Eu acho lindo o amor entre negros e apoio os relacionamentos inter-raciais. Quando era mais jovem, eu só queria namorar homens negros e nem olhava para brancos, nem gringos”, relembra, Gabriela.

“Conforme fui ficando mais velha comecei a observar que eu queria os homens negros, mas eles não me queriam. Ou às vezes me queriam só para sexo e no dia seguinte apareciam com uma branca de mão dada em público. Então, para o meu bem-estar mental, resolvi abrir os meus horizontes”, complementa a autora.

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