Livro “Pensando as favelas cariocas: história e questões urbanas”

Coletânea traça um panorama histórico sobre a favela, começando no surgimento dela e indo até os dias atuais.

foto: divulgação

A Editora Pallas e a Editora PUC lançaram o primeiro livro da coletânea que reúne textos de diferentes autores, entre brasileiros e estrangeiros, sobre a temática das periferias.
O primeiro volume aborda as favelas a partir de uma reflexão histórica, com o intuito de historicizar a questão das favelas, e traz o título “Pensando as favelas cariocas: história e questões urbanas.”

Os estudos foram organizados por Mário Brum, Mauro Amoroso e Rafael Soares, que já desempenham uma parceria de longa data, trabalhando juntos no curso de extensão da Puc: favelas ontem e hoje, além do simpósio sobre o tema que acontece a quase 10 anos, entre outras atuações em diversas frentes, sempre ligadas a movimentos sociais. 

Embora sejam homens brancos, héteros e de classe média, ambos buscaram contemplar na coletânea a maior diversidade possível, com a participação massiva principalmente de mulheres, que estão presentes na autoria ou participação de 6 dos 11 artigos trazidos no livro, além de comunicadores comunitários. 

O objetivo do primeiro volume é traçar um panorama desde o início do surgimento das favelas na primeira república, e termina com as remoções atuais até o mandato de Marcelo Crivella. Passando pela época da ditadura militar, o livro levanta a questão se esta realmente acabou nas favelas, trazendo o conceito de “entulho autoritário”, que significa o legado da ditadura que deveria ser destruído na sociedade e que pode ter sido jogado nas favelas.

“O que se pensa sobre favela?” esse é o caráter que a coletânea traz durante todo o tempo, a partir do olhar da própria favela, como da cidade de entorno. Os autores afirmam que o volume 2 já está feito e será lançado no final do ano com o título “memórias e outras abordagens teóricas.” O intuito é reunir o que vem sendo discutido sobre favelas e o que precisa ser pautado dentro do debate sobre ela, junto a pessoas que são da academia mas tem vivência de favelas, e compartilham as diversas formas de abordar o tema.

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