Censo inédito divulgado na última quinta-feira, 27, pelo IBGE, mostra que o Brasil tem 1,3 milhões de quilombolas.
A maior parte da população de quilombolas, 70%, se concentra no Nordeste, e um terço está na Amazônia Legal. Os estados da Bahia e do Maranhão abrigam, juntos, metade da população quilombola.
Pela primeira vez o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas.
A Bahia é o estado com maior quantidade de quilombolas no Brasil, com 397.059 pessoas (29,90%). Neste ano, quatro comunidades quilombolas tiveram os territórios reconhecidos pelo Incra no nosso estado: Iúna, no município de Lençóis, Vicentes, localizada em Xique-Xique, Jetimana, em Camamu, e Volta, situada em Bom Jesus da Lapa.
O Maranhão, é o segundo Estado com 269.074 pessoas quilombolas (20,26%). Na sequência destacam-se, Minas Gerais (135.310), Pará (135.033) e Pernambuco (78.827) que, somados, reúnem 26,3% da população quilombola.
Reconhecida como a primeira comunidade quilombola do Piauí, Mimbó abriga hoje 177 pessoas. Mas só este ano foi possível saber com exatidão a população de lá: o Censo 2022 foi o primeiro a identificar e contabilizar moradores de áreas remanescentes de quilombos.
Ações na Bahia
Na semana passada, foi publicado o Edital de Chamamento Público para a construção de 80 unidades habitacionais na comunidade quilombola de Rio dos Macacos, em Simões Filho, um investimento de R$ 6 milhões.
Além dessas unidades, outras 186 já estão com obras em andamento nos municípios de Ibititá, Abaré, Entre Rios, Cachoeira, Caetité, Jaguaquara e Serra do Ramalho, com um aporte total superior a R$ 13 milhões.
Na última quarta-feira, 26, teve o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar da Bahia, parte dos R$ 3 bilhões anunciados será destinada à inclusão produtiva quilombola, mais uma ação fruto da articulação com a CAR.
Recentemente, foi criada a Coordenação de Educação Escolar Quilombola, dentro da estrutura da Secretaria da Educação da Bahia.
O intuito é atender as especificidades de estudantes quilombolas, valorizando saberes, conhecimentos e matrizes culturais de suas comunidades.
Estão sendo feitas ações para garantir o abastecimento de água em diversas localidades.
Neste ano, quatro comunidades quilombolas tiveram os territórios reconhecidos pelo Incra no nosso estado: Iúna, no município de Lençóis, Vicentes, localizada em Xique-Xique, Jetimana, em Camamu, e Volta, situada em Bom Jesus da Lapa.