Apesar de o Ministério da Saúde anunciar a flexibilização do isolamento social em lugares onde a capacidade hospitalar esteja até 50%, a partir desta segunda-feira, 13, pelo menos 19 estados e o Distrito Federal defendem a manutenção da medida. Em alguns casos, como São Paulo, fala-se inclusive em tornar mais severas as restrições que o presidente Bolsonaro classifica como “direito de ir e vir”. O Brasil tem hoje, 12, um total de 22.169 casos confirmados.
Na segunda-feira passada, 6, ao divulgar seu boletim diário o Ministério recomendou que “a partir de 13 de abril, os municípios, Distrito Federal e estados que implementaram medidas de Distanciamento Social Ampliado iniciassem a transição para o Distanciamento Social Seletivo, caso tivessem menos de 50% de sua capacidade instalada ocupada por portadores confirmados da Covid-19”.
Foi a senha oficial da mudança para o isolamento vertical defendido por Bolsonaro e sua equipe econômica, em nome da retomada das atividades normais do comércio e da indústria. No entanto, os números da pandemia, desde então, não param de crescer exponencialmente. De 553 registradas há uma semana, o país soma hoje 1.223 óbitos por coronavírus. Ontem eram 1.124.
Em São Paulo, uma das pacientes mais idosas do país, Gina Dal Colleto Fernandes, de 97 anos e estava internada o dia 1º com sintomas graves de Covid-19. Ludhmila Hajjar, médica de Gina, atribuiu à força da paciente, a boa estrutura do hospital particular e a companhia da família o sucesso no tratamento. O estado é o recordista de casos, com 8.755, seguido do Rio de Janeiro, com 2.855, Ceará, 1.676, Amazonas, 1.206, e Pernambuco, 960.
Na Bahia, 674 casos foram confirmados, com 21 óbitos, esses números foram contabilizados de janeiro até ás 17h de hoje, 12/04.
Em Pernambuco, o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Pernambuco apontou 72 mortes registradas no estado até o final da tarde de ontem, 11. Mais 132 casos foram confirmados, somando 816. Em isolamento domiciliar estão 443 e 256 seguem internados, sendo 34 em UTI e 222 em enfermaria. Além disso, 45 pessoas que testaram positivo já estão curadas. Sete mortes foram confirmadas entre os dias 2 a 10. Eram duas mulheres e cinco homens entre 41 a 89 anos.