O lançamento da pré-candidatura de Renata Sousa à prefeitura do Rio de Janeiro, na noite de ontem, 20, foi invadida por hackers com xingamentos e vídeos. O evento online chamado “Rio de Gente” contava com mais de 1 mil pessoas para acompanhar a discussão do programa de governo de Renata Sousa. Estavam presentes o deputado federal Marcelo Freixo (Psol), o pré-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos, o vereador do Rio Tarcísio Motta, o ex-deputado federal Chico Alencar, a viúva de Marielle Franco, Monica Benício, e representantes de movimentos sociais. Ao perceber o ataque a pré-candidata reagiu:
“O ataque à nossa primeira atividade da pré-campanha coloca o tom do que vamos enfrentar nesse período. O ataque dos hackers mostra que as fake news não serão as únicas ferramentas de violência no processo eleitoral. Mas não vão nos calar. Nossa construção coletiva nos colocou no segundo turno em 2016 e estamos aqui para falar que essa cidade não precisa ficar entre o negacionismo e os profundos esquemas de corrupção que quebraram o Rio”.
Na última quarta-feira, 19, em São Paulo, outro ataque a uma sala virtual aconteceu, quando um grupo invadiu uma aula online de direito da faculdade Esamc e compartilhou conteúdos e ofensas de cunho nazista contra mulheres e advogados negros. Em nota, a faculdade afirmou que foram iniciadas investigações para saber como e por quem a aula foi “invadida” para as medidas legais.
“Adotamos todos os recursos possíveis para garantir a privacidade das informações de corpo discente e funcional, de acordo com a lei de proteção de dados. Prestamos aqui nossa singela condolência à professora afetada e dizer que sentimos muito por todo o incômodo que lhe foi causado. Triste – para não proferir outra palavra – pensar que em pleno século XXI existem pessoas com ideologias rasas e que agem com intenção de ferir o próximo”, diz a nota.
Casos como o da pré-candidatura de Renata Sousa e da aula online do curso de direito estão sendo frequentes, um exemplo foi o ataque sofrido pelo Coletivo Favela Vertical no dia 5 de agosto. Em sua maioria esses invasores entram nesses espaços para tumultuar e desestabilizar, com preconceito e discurso de ódio.