O assassinato de Thiago Menezes Flausino na madrugada de 07 de agosto é mais um sonho interrompido pelo despreparo da Polícia Militar. TH, ou Thiaguinho, dois dois seus apelidos, de 13 anos, estava voltando de uma festa na rua de sua casa. Ele era camisa 10 do time Os Canelinhas.
Após o cruel assassinato de Thiago, familiares, amigos e integrantes das rodas culturais da Cidade de Deus convocaram um ato pacífico por justiça, ocorrido a partir das 19 horas da segunda, dia 7 de agosto. A manifestação foi comunicada com antecedência para a Guarda Municipal.
Com balões brancos nas mãos, crianças, familiares e moradores pediram em coro pela paz. O começo do ato teve participação de ativistas sociais e militantes do PT, PCdoB e PSOL de Jacarepaguá. Entretanto, logo o camburão reagiu duramente com bombas de efeito moral e tiros na direção dos moradores.
A truculência policial fere o artigo 220 da Constituição Federal, que garante que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”.
O cenário de guerra que tomou a Avenida Miguel Salazar contou com uma marcha de camburões e policiais fortemente armados atirando em direção à população – não se sabe se a munição utilizada era letal. Um carro foi atingido por uma bomba de fumaça. Alguns moradores jogaram lixo na avenida na vã esperança de frear a repressão.
A situação está atualmente sendo apurada pela Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Municipal de Vereadores, Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, Defensoria Pública e pela Ouvidoria.
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