O Museu de Arte do Rio (MAR), sob gestão do Instituto Odeon, comemora seus 5 anos com a exposição “O Rio do samba: resistência e reinvenção”, no dia 28 de abril, contando a história do samba carioca desde o século XIX até os dias de hoje. A mostra, que ficará até o dia 30 de março de 2019, é gratuita nesse mês de aniversário e vai estar dos pilotis à Sala de Encontro, ocupando o espaço principal do terceiro andar da instituição, área dedicada a investigar a história do Rio de Janeiro. Os curadores Nei Lopes, Evandro Salles, Clarissa Diniz e Marcelo Campos reuniram cerca de 800 itens que exploram os aspectos sociais, culturais e políticos do mais brasileiro dos ritmos. E para celebrar a abertura da mostra, haverá uma apresentação do cantor Martinho da Vila, às 20h. A programação começa com a apresentação da bateria mirim da Portela, Filhos da Águia, os tambores do Terra Treme e a bateria da Mangueira.
A trajetória do samba nesse período será contada através de obras de Candido Portinari, Di Cavalcanti, Djanira, Heitor dos Prazeres e Ivan Morais; fotografias de Marcel Gautherot, Walter Firmo, Evandro Teixeira, Bruno Veiga e Wilton Montenegro; desenhos de Santa Rosa; gravuras de Debret e Lasar Segall; parangolés de Helio Oiticica; obras de Abdias do Nascimento; joias originais de Carmem Miranda, e uma instalação de Carlos Vergara desenvolvida com restos de fantasias.
Haverá ainda cinco obras comissionadas pelo MAR, criadas especialmente para “O Rio do Samba”. A convite dos curadores, Ernesto Neto e o carnavalesco da Mangueira, Leandro Vieira, criaram uma instalação interativa, que terá lugar de destaque na Sala de Encontro. Jaime Lauriano fará uma intervenção logo na entrada do museu, gravando nas pedras portuguesas do chão dos pilotis os nomes das etnias africanas escravizadas no Brasil. Já a passarela que leva o visitante à sala de exposições será tomada por letras de sambas que falam sobre o próprio samba e ambientada por uma peça sonora criada pelo músico Djalma Corrêa, inspirada na batida do coração. Gustavo Speridião ocupará uma parede com o mapa do samba no Rio e João Vargas apresentará um filme sobre o samba enquanto dança do corpo individual e coletivo.
A mostra é dividida em três momentos: “Da herança africana ao Rio negro”, “Da Praça XI às zonas de contato” e “O Samba Carioca, um patrimônio”.
Museu de Arte do Rio
O MAR é uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, com atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição. O MAR é gerido pelo Instituto Odeon e tem o Grupo Globo como mantenedor.
Serviço
Abertura da exposição: Sábado (28/04), das 16h as 21h.
Terça a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha ao público.
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro.
