A Marcha das Mulheres aborda em sua 2ª edição um tema latente para a cidade de São Gonçalo: dignidade humana, garantida na Constituição Federal de 1988. A concentração da Marcha está marcada para às 9h, do dia 25 de março, na Rua Salvatore, 8, Espaço Repartição e seguirá até a Praça Marisa.

Em seguida, lideranças de movimentos sociais e comunitárias se reunião no Espaço Mais Conhecimento, no Partage Shopping, no segundo piso, loja 269, para traçar estratégias de resgate da dignidade humana, em São Gonçalo.

Será entregue às autoridades presentes o Dossiê SOS São Gonçalo, que apresenta as diversas formas de violação de direitos que vêm ocorrendo no município, especialmente nas áreas de saúde e saneamento básico.

Violações de direitos básicos

Organizada pelo Movimento Cidade no Feminino e pelo Festival Literário de São Gonçalo, em parceria com o Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática (FDSRD/SG) e com o Grupo Liberdade Santa Diversidade, junto a diversos outros movimentos da cidade, a Marcha pretende evidenciar a situação do município no que tange a violação de diversos direitos  como saneamento básico, segurança alimentar, segurança pública, moradia.

O advento das chuvas de janeiro e fevereiro deixaram centenas de famílias desabrigadas e provocaram cinco mortes no município. Impulsionando movimentos a tratarem dos direitos fundamentais na Marcha.

São Gonçalo ladeira abaixo 

O Relatório Trata Brasil publicado no último dia 20 de março traz o ranking das 100 maiores cidades do Brasil e não tem boas notícias para São Gonçalo. O município pulou de 94° lugar, em 2021 para 96° lugar, em 2022.

Além dos números oficiais, a população sente na carne a piora, apesar da oportunidade de investimento de mais de 1 bilhão de reais que o município recebeu com a privatização da CEDAE.

Em outros quesitos, São Gonçalo apresenta péssimo desempenho. Na educação, a redução de direitos e salários dos profissionais que penam com a falta de condições de trabalho.

Na Saúde, casos absurdos de negligência, como o de uma criança que entrou no Hospital Municipoal Luiz Palmier com uma alergia e teve a cabeça do dedo amputada por uma tesoura.

Há ainda barricadas erguidas pelo crime organizado, que virou matéria do Fantástico. Falta ainda acessibilidade para pessoas com deficiência e os índices de violência contra a mulher estão em alta.

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