Até 30 de maio o Galpão Bela Maré recebe a primeira exibição no Brasil de parte do acervo do Museu Migrante, o MuMi, um projeto educacional da organização da sociedade civil mexicana Voces Mesoamericanas. A mostra visa sensibilizar as comunidades urbanas e rurais sobre a história e a cultura migrante das famílias e comunidades transnacionais em Los Altos de Chiapas, México, recuperando as vozes, valorizando as trajetórias de vida de seus protagonistas e recriando a memória migrante.
O museu é em movimento, o que nutre diálogos e intercâmbios vivos com comunidades e povos migrantes e valoriza expressões livres e criativas comprometidas com a causa e com o exercício do direito à mobilidade voluntária e enraizamento com opções no presente e no futuro.
A vinda da exposição contou com o apoio cultural do Instituto Maria e João Aleixo e está no contexto das ações em parceria entre o IMJA, o Observatório de Favelas, o Promundo, Instituto de Relações Internacionais da PUC-RIO, Voces Mesoamericanas e Universidade Nacional Autônoma de Chiapas. Todos juntos são parte do Global Gender & Cultures of Equality – Culturas Globais de Equidade de Gênero (GlobalGRACE) (www.globalgrace.net), um programa de pesquisa de 51 meses de duração (2018-2021) financiado pelo Global Challenge Research Fund (GCRF/RCUK) que é liderado por uma equipe de pesquisadoras/es de Goldsmiths, University of London em articulação com universidades e ONGs de Bangladesh, Brasil, México, Filipinas, África do Sul e Reino Unido.
A instalação do MuMi no Galpão Bela Maré está localizada no segundo andar e reúne fotografias e atividades interativas para que os espectadores do Rio de Janeiro possam ser levados aos contextos migratórios de populações do sul do México, de Chiapas. “Em muitos sentidos, este diálogo entre o nosso trabalho e o trabalho da Voces Mesoamericanas expressa as possibilidades de a arte mediar reflexões sobre contextos de violência em periferias do mundo inteiro e em espacial da América Latina. Estamos emocionadas e gratas pela chance de trazer o MuMi para o Bela Maré. É lindo a Maré poder ser centro de um intercâmbio como este, que nos aproxima leva para Chiapas, seus povos, suas culturas e suas lutas”, diz Isabela Souza, diretora do Observatório de Favelas.
Deyanira Clériga, coordenadora da organização Voces Mesoamericanas, está no Brasil desde abril, fez a montagem do MuMi no Bela e tem produzido junto com o Educativo do Galpão Bela Maré atividades de arte-educação durante a mostra. Para ela “Bela Maré, no Rio de Janeiro, e MuMi em Los Altos de Chiapas, compartilham reflexões sobre disputas e resistências a partir de seus territórios periféricos”.
PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA
Dia 22 [quarta] de 15h às 17h
Ação Poética | A partir do Modelo Vivo…
Em parceria com o Museu Migrante, o Educativo Bela Maré realiza atividades socioeducativas em diversas linguagens da arte com produção material e imaterial e com interação entre os participantes.
Convidamos os públicos para conversar e criar a partir do nosso acervo, o Modelo Vivo – maquete do território da Maré em exposição de longa duração no segundo andar.
Classificação etária: Livre
Dia 29 [quarta] de 15h às 17h
Ação Poética | A partir do Espaço de Leitura…
Em parceria com o Museu Migrante, o Educativo Bela Maré realiza atividades socioeducativas em diversas linguagens da arte com produção material e imaterial e com interação entre os participantes.
Convidamos os públicos para fazer uma viagem literária a partir de contação de histórias e jogos literários a partir do acervo do nosso Espaço de Leitura – à disposição dos públicos para leitura, pesquisa e deleite no salão.
SERVIÇO
Exposição “Museu Migrante, MuMi”
Data: 27 de abril a 30 de maio de 2019 (terça-feira a domingo)
Horário: consultar programação
Local: Galpão Bela Maré
Endereço: Rua Bittencourt Sampaio, 169, Maré (Entre as passarelas 9 e 10 da Avenida Brasil)
Ingresso: Gratuito
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h
Classificação: Livre
