Passado um ano do assassinato da vereadora Marielle Franco, parece que finalmente a policia civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro acharam o fio da meada. Com a prisão do policial reformado Ronnie Lessa e do PM expulso Élcio Queiroz, o desafio da polícia agora é descobrir os mandantes e o motivo do torpe atentado que matou a vereadora e seu motorista Anderson Gomes.
Esse crime nos revela mais uma vez a inépcia, incompetência e até conivência da justiça militar que é a responsável de investigar e punir os policiais militares que se envolvem com o crime. O acusado de efetuar os disparos o policial reformado Ronnie Lessa, fez parte do grupo de policiais exterminadores denominado CAVALOS CORREDORES que atuava no extinto 9º Batalhão Militar de Rocha Miranda. O grupo ficou famoso por ser o responsável por duas chacinas que abalaram a sociedade carioca nos anos 90. As chacinas da Candelária e de Vigário Geral. O grande absurdo disso tudo é que apesar de todo seu histórico de seu envolvimento no mundo do crime, ele jamais foi investigado.
Mas vamos falar de Marielle Franco. Quem a conheceu de perto, não tinha como não se render a sua força e energia. Mari era uma mulher extremamente apaixonante e apaixonada pela vida e pela justiça social acima de tudo. Não tinha como não se render a sua luta. Em pouco mais de um ano de mandato, ela sacudiu aquele espaço repleto de homens ligados aos podres poderes da cidade do Rio de Janeiro. Da máfia dos transportes à milícia. Mari sabia os riscos que corria ao manter seus posicionamentos políticos e ideológicos, mas isso não a fez se acovardar. Muito pelo contrário. Bateu de frente com o patriarcado branco como nenhuma mulher vereadora tinha feito até então. Defensora ferrenha dos direitos humanos, atraiu a fúria de parlamentares quando pediu 1 minuto de silêncio pela morte de 5 jovens da comunidade do Salgueiro em Niterói, numa operação policial que até hoje não foi esclarecida. Bateu de frente outras vezes com as bancadas evangélicas e do transporte. Enfim era uma mulher extremamente corajosa e como na sua frase mais célebre, não foi interrompida nem depois de morta.
Passado um ano da sua, Marielle está sendo homenageada em diversas cidades espalhadas no planeta. Artistas plásticos de várias nacionalidades a homenagearam com desenhos com referências a ela, Em Buenos Aires virou nome de estação de metrô. Em Paris vai ser nome de rua. Em Barcelona, a prefeita fez uma declaração emocionada ao afirmar que o seu espírito vai derrubar o presidente do Brasil Jair Bolsonaro. E alunos da universidade de Columbia ( a maior do estado de Nova Iorque) farão uma homenagem a ela com alunos de diversos países.
A força de Marielle Franco pulsa!
Marielle Presente