Cerimônia inaugural do evento contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, que também abriu o Café Literário
O emocionante discurso de Mauricio de Sousa marcou a abertura da 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no início da tarde desta quinta-feira, 3, no Riocentro. O criador da Turma da Mônica, que completa 80 anos em outubro, é o homenageado desta edição do evento. Mauricio, que lança 42 livros durante a Bienal por diversas editoras, recebeu o Prêmio José Olympio – concedido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) – das mãos de Mônica, Cebolinha e dos bisnetos do influente editor que dá nome à honraria. A Bienal acontece no Riocentro até 13 de setembro e espera receber mais de 600 mil pessoas.
“É uma emoção inédita ser contemplado com um prêmio tão importante em companhia dos responsáveis por protagonizar as histórias que buscam divertir e entreter a garotada, além de ser um estímulo para a leitura. É um orgulho saber que a Turma da Mônica é a maior alfabetizadora do país”, disse, visivelmente comovido.
A Bienal também homenageia a Argentina, que foi representada na cerimônia por Luis María Kreckler, embaixador do país no Brasil, e Magdalena Faillace, diretora geral de assuntos culturais do ministério das relações exteriores. Kreckler ressaltou a oportunidade de a Bienal proporcionar uma aproximação cultural ainda maior entre as duas nações, enquanto Faillace lembrou do papel fundamental do Brasil no fortalecimento da soberania argentina sobre as Malvinas.
Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, abriu oficialmente a edição da Bienal e fez um apelo pela manutenção dos programas governamentais de incentivo à leitura e alfabetização. Ele anunciou ainda o lançamento de uma petição pública relacionada à causa. Com o nome de Brasil, Nação Leitora, a iniciativa conjunta de várias entidades do livro tem como objetivo sensibilizar o Governo Federal no sentido de assumir o compromisso de manter a frequência anual de distribuição de livros de literatura em escolas públicas.
Eduardo Paes abre a programação cultural
Em seguida, o prefeito Eduardo Paes participou da primeira sessão do Café Literário, o espaço de debates intimistas que faz parte da programação do evento desde 1999, onde falou sobre obras no Rio, transporte público e Jogos Olímpicos. Paes, entrevistado pela jornalista Helena Celestino, afirmou ainda que, além de sua importância para a cidade, a Bienal tem o objetivo de inspirar o hábito da leitura entre os brasileiros.
O público também pôde conhecer o Cubovoxes, com atrações voltadas a crianças e famílias. A área é uma grande estrutura que remete aos aros dos Jogos Olímpicos para abordar a diversidade e a multiculturalidade. As atividades constantes contam com teatro, cabines de trava-línguas e de leitura, área de exposições e um traumatrópio, no qual, por meio de animação, o usuário pode vestir fantasias as mais diversas.
Já o Cubovoxes, atividade voltada especialmente aos jovens leitores, que já foram o público mais presente neste primeiro dia de Bienal, recebeu sua primeira convidada, a sensação teen Carina Rissi, enquanto o Café Literário encerrou a programação cultural de quinta com a mesa “Rio 450: Histórias da cidade”, com Alberto Mussa, Edmilson Martins Rodrigues e Nireu Cavalcanti.
O primeiro dia de Bienal recebeu ainda o Agents & Business Center, parceria inédita com a Feira do Livro de Frankfurt que criou um espaço aberto a agentes literários e profissionais do livro de todo o mundo. A iniciativa, que aproxima ainda mais o grande evento literário do Brasil ao maior centro de negócios do mercado editorial no mundo, acontece até sábado. Na tarde de quinta aconteceu também o I Encontro Internacional de Profissionais do Livro (InterLivro 2015), programação gratuita com palestras e painéis com profissionais do mercado.